Um dedo milagroso. Foi o suficiente para os estrangeiros Tomasz Dowbor e António Ferreira da Costa apontarem o dedo indicador no mapa mundial para um país na África Ocidental: Angola. Entre tantos países africanos, apenas Angola atraiu a atenção desses personagens.
Tomasz Dowbor, um polonês, e António Ferreira da Costa, um português, aproveitaram a ingenuidade e a ignorância do general Kundi Paihama para encherem seus bolsos enviando milhões de euros e dólares para seus países de origem.
António Manuel Ferreira da Costa chegou a Angola em 1991 e desde então tornou-se parceiro do então governador da província de Luanda, Kundi Paihama. Paihama era um influente líder que ganhou ainda mais peso político ao ocupar o cargo de ministro da Defesa Nacional por uma década. António era conhecido como empreendedor, mas ficou mais famoso em Portugal por ser marido da fadista Mariza.
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António Ferreira é o sócio com quem o falecido general Kundi Paihama fundou a Gesti-Grupo, instituição que controla a Plurijogos, detentora da marca Casinos de Angola.
Em decorrência de divergências entre 2011 e 2012, o governante angolano processou António Ferreira por desvio e apropriação indevida de verbas, quando ele ocupava os cargos de administrador único e presidente do Conselho de Administração da Finingest, Plurijogos e Gesti-Grupo. Em resumo, Paihama o processou por desvio de 25 milhões de dólares.
António Ferreira fugiu de Angola em 2009 e retornou em 2013 com a expectativa de um acordo para recuperar parte de sua participação nos Casinos de Angola. Segundo a imprensa, as receitas da Plurijogos foram de cerca de 219 milhões de dólares (aproximadamente 192 milhões de euros) em 2012, e o lucro foi de 83 milhões de dólares (aproximadamente 73 milhões de euros).
Tomasz Dowbor é um empresário polonês nascido em 1974, em Varsóvia, que vive em Angola há mais de 20 anos, investindo no setor privado, principalmente no ramo da construção. De acordo com o relatório do Banco Nacional de Angola sobre a falência do Banco do falecido general Kundi Paihama, Dowbor é apontado como o maior devedor do banco, tendo recebido empréstimos no valor de 2 bilhões de kwanzas.
No dia 24 de junho de 2020, Tomasz Dowbor, primeiro secretário do Comité de Acção do Partido (CAP) do MPLA na urbanização Nova Vida, e presidente do Conselho de Administração do Grupo Boavida (GBV), uma estrutura empresarial mencionada no relatório do BNA sobre a falência do banco, compareceu ao Tribunal Provincial de Luanda. Durante a audiência, que durou até cerca das 22 horas, foi observado que as empresas de Tomasz Dowbor, usadas para solicitar empréstimos, não estavam registradas em seu nome, mas em nome de "testas de ferro" que trabalhavam para ele, como motoristas e outros colaboradores. Essas pessoas teriam dado uma procuração a ele para realizar suas operações.
No mesmo dia, o Tribunal de Luanda também ouviu os supostos "testas-de-ferro", que deixaram claro que apenas emprestaram seus nomes a pedido de seu patrão, em quem confiavam, para registrar as empresas.
Os angolanos, em geral, aguardam ansiosos que as autoridades policiais e judiciais, como a SIC (Serviços de Investigação Criminal) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), por meio da Direção Nacional de Investigação Criminal e Ação Penal (DNIAP), expliquem publicamente a situação dos dois cidadãos estrangeiros no contexto do combate à corrupção e à recuperação de ativos. Com tantos crimes comprovados, como peculato, participação econômica em negócios, tráfico de influência, branqueamento.
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