Governos províncias devem milhões a Sonangol, por isto não a combustível, diz direção da empresa estatal

Num comunicado ontem tornado público, a SONANGOL apontou as principais razões que, na sua óptica, têm estado a estrangular o normal fornecimento de combustíveis aos consumidores.
Dentre as lamúrias avultam os elevados kilapes das empresas do segmento industrial, que não estarão a honrar as suas dívidas. Embora não tivesse feito uma referência directa aos vários Governos Provinciais tudo aponta que estes figurem entre os maiores kilapeiros tendo em conta os elevado fornecimentos  de combustíveis (gasóleo e óleo)  às centrais térmicas de energia.
Só para situar os internautas, a central térmica do Kileva, em Benguela, consume a «módica» quantia de 450 mil litros de gasóleo/Dia, a sua congénere do Huambo, embora seja mais «modesta» em termos de consumos, «bebe» qualquer coisa como 350 mil litros em 24 horas. Creio que a térmica instalada no Namibe  que abastece esta cidade e a do Lubango gaste a mesma quantidade. Quantos milhões de Kz são gastos diariamente para alimentar, por junto e atado, todos estes «vazadouros» de dinheiros públicos? Há orçamentos nos Governos das províncias que cobrem estes gastos galácticos em combustíveis? Sei que durante a fase da campanha eleitoral de 2017,  SONANGOL fornecia a kilapi o combustível à província do Huambo, porque o cofre do GPH estava literalmente de tangas...  Em Benguela, o Governo local acusa a SONANGOL de não fornecer combustível. Além da deficiente capacidade de resposta, cheira-me a Kilapi.
Tivessem apostado em fontes hídricas, o país estaria melhor servido do que em fontes energéticas térmicas que rebentam com os orçamentos... Tudo aponta que o país já começou a pagar a pesada factura por não ter apostado em fontes de energia mais baratas, renováveis e limpas.
Quando, há uns anos, alertei sobre os elevados custos da central térmica de energia do Belém do Huambo, que consume a «módica» quantia de 200 litros de gasóleo/Minuto, fui alvo de uma série de epítetos pouco abonatórios à minha imagem, quase que me chamaram de «Kwacha», «contra-revolucionário» em praça pública.

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