A exoneração esta semana de Virgílio Tyova do cargo de governador provincial do Cunene, está a ser apresentada, em meios políticos em Angola, como decorrente da gestão impropria de bens que deveriam ser empregue para o problema de seca naquela região a sul do país.
Ex-governador poderá vir a ser constituído arguido
Nomeado em Setembro de 2018 como o 6o governador provincial do Cunene, Virgílio Tyova encontrou uma província assolada com fenómeno da seca (desde Outubro de 2018), levando com que, mais a frente, o Presidente da República, avançasse com o chamado 'programa emergencial de mitigação dos efeitos do fenómeno da seca.'
Segundo apurou o Lil Pasta News, Virgílio Tyova foi declarado como responsável pela gestão inadequada que se registrou neste programa consubstanciado em descaminho de bens destinado as populações locais.
Para socorrer aquelas populações, o Presidente da República, segundo dados em posse do Club-K, autorizou em Abril de 2019 as despesas e a abertura de procedimentos de concurso público para a realização do Programa das Acções Estruturantes de Combate aos Efeitos da Seca, naquela Província. Passado dois meses, autorizou a realização do procedimento de contratação simplificada, pelo critério material, no valor de Kz: 3 707 949 500,00, para a realização das despesas de aquisição dos bens e serviços no âmbito do citado 'programa emergencial de mitigação dos efeitos do fenómeno da seca".
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Já no mês de Agosto através do Despacho Presidencial n.º 151/19, João Lourenço voltou a autorizar a despesa e a abertura do procedimento de contratação simplificada pelo critério material, para a compra de 5.000 motorizadas para o Programa da Seca no Sul do País, no valor de Kz: 4 040 000 000,00, que seria celebrado com a empresa Niodior Internacional, Limitada, detida pelo chinês Che Zhihaoo e o senegales Lamine Sarr.
Em Outubro de 2019, o Presidente da República teve, acesso - para a devida aprovação - aos Relatórios Finais de Avaliação dos trabalhos concretamente aos relativos aos Projectos Estruturantes para o Combate aos efeitos da Seca na Província do Cunene e os contratos resultantes do referido Concurso com diversas empresas.
Os relatórios - segundo adianta o portal “OKwanza.com” - foram apresentados ao Chefe de Estado pela ministra de Estado e Assuntos Sociais da Presidência da República, Carolina Cerqueira, tendo está dado conta a João Lourenço de que as ajudas (materiais e financeiras) para as vítimas da seca no sul do País terem tido outro destino que não as populações locais.
O assunto, segundo a mesma fonte, terá deixado Lourenço, “exasperado” por entender que as populações do sul do País, particularmente do Cunene estão a viver um momento bastante vulneral devido a escassez de água e de alimentos.
De acordo com uma fonte familiarizada citada pelo portal “OKwanza.com”, a ministra Carolina Cerqueira teria recebido uma denúncia, a partir do Cunene, que dava conta de que o então governador, Virgílio Tyova, e os seus colaboradores estariam a apropriar-se dos bens materiais e financeiros que o Governo Central e as Organizações da Sociedade Civil angariam em Luanda (e não só) para as vítimas da seca.
Fonte do Governo do Cunene disse, ao mesmo portal, que a Presidência da República terá mandado instaurar um inquérito para apurar a veracidade da denúncia que chegou à mesa de trabalho do Chefe do Executivo, João Lourenço.
Caso o inquérito a ser instaurado conclua que o então governador e os seus colaboradores desviaram os bens destinados às vítimas da seca no Cunene, Virgílio Tyova poderá vir a ser constituído arguido.
Saiba mais sobre este as condições de vida do povo do Cunene, clicando neste link https://youtu.be/2-l9ySu_QPI

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