Individualidades que por critérios próprios das comunidades rurais, forem investidas desses poderes, deviam merecer um tratamento condigno e um reconhecimento à dimensão das suas responsabilidades.
A banalização e a "desmistificação" das nossas autoridades tradicionais molesta seriamente os fundamentos socio-culturais das comunidades rurais e das nossas tradições africanas.
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As autoridades tradicionais são uma emanação da própria comunidade, pelo que representam o todo e não parte da comunidade.
A autoridade tradicional não exibe em nenhuma circunstância cores político-partidárias ou outras manifestações de sectarismo.
A autoridade tradicional não tem vínculo estrutural ou mesmo funcional com os órgãos do aparelho de Estado muito menos com partidos políticos.
Nunca tive relação com o agora deposto Soma da Mbalundo mas não posso concordar com toda aquela encenação que envolveu o processo do seu "impeachment", figura que não existe nos manuais da tradição umbundu em razão dessa matéria.
É urgente parar essa deriva e resgatar de facto os verdadeiros valores culturais dos nossas povos para que se perpectuem no tempo como forma de consolidar os alicerces do projecto de Nação que queremos todos venha a materializar-se na defesa da angolanidade num Mundo cada vez mais globalizado.
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