O jornalista Luís Domingos, ex-deputado pela Bancada Parlamentar do MPLA, e que em tempos de conflito armado em Angola apresentou o programa “Nação Coragem”, concedeu uma entrevista ao Jornal de Angola, onde cita nomes de alguns generais e oficiais das Forças Armadas Angolanas (FAA), que depois de tanto préstimo à Pátria, foram esquecidos.
Luís Domingos disse, que a primeira tentativa das FAA foi em 1997. O objectivo era ocupar o Andulo (Bié), onde estava o quartel-general de Jonas Savimbi. Eram os primeiros passos da "Operação Restauro”. A caminho, a perto de sete quilómetros, percebemos que as FAA e sequer os serviços militares do país sabiam da evolução tecnológica militar que Savimbi tinha. Afinal a UNITA tinha saído de forças de guerrilha para forças convencionais. Só que o erro de Savimbi foi ter investido em equipamento de ponta e não, primeiro, no homem, porque não se sai de forças de guerrilha com os mesmos generais para forças convencionais. Savimbi já tinha BMP 1 e 3, Uragan… As FAA nunca tiveram possibilidade de comprar um Uragan, que não é vendido a qualquer exército. Não sei como Savimbi conseguiu.
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Percebemos que as FAA com AKM ou AK47 não tinham capacidade para enfrentar o inimigo. Ainda assim, percebemos que as forças militares da UNITA, mesmo com tanto aparato sofisticado, disparavam à toa. Mas, a poucos quilómetros, as FAA levaram surra. Você acabava de falar com um soldado ou comandante, poucos minutos depois ele já estava morto. Porquê? Percebeu-se que Jonas Savimbi tinha desafiado os seus soldados. Terá dito que se os soldados o quisessem morto então ele mesmo iria rendido ao encontro das FAA. Abandonamos soldados feridos em camiões, de tanta surra.
O coronel Mundo foi o comandante das FAA nesta frente de combate. Nunca ninguém se lembrou dele. A família deste coronel nunca foi tida nem achada. Foi morto nesta batalha. Não era nada Simeone Mucune o comandante desta frente.
Existe muito comandantes que foram esquecidos, o coronel Ngongoyenu, ainda vivo a vegetar e a passar fome, o brigadeiro Amuti, entre outros. São heróis que ainda estão vivos, mas ninguém os olha. Esse país tem muitos generais de verdade, por quem tenho muito respeito, mas também aqueles de gabinete, e estão nos dois lados (MPLA e UNITA). Mas sequer constam da lista dos heróis anónimos. Choramos alguns, como o general João de Matos que foi determinante para o fim da guerra.
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