Vale a pena comparar a Angola política dos nossos dias à qualquer outra coisa?- Marcolino Moco



Ocorre-me pensar que, se calhar, não vale a pena. Limitemo-nos a nos indagar se o que se passa aqui e neste tempo que vivemos está bem e se com isso nos devemos habituar, fatalmente. Conclusão a que chego quando observo alguns comentários, aparentemente bem articulados,  sobre a minha tentativa de comparação dos últimos processos políticos e eleitorais em Angola e no Brasil. Alguém conseguiu “provar” que a nossa situação é, de longe, muito melhor rsrsrsrss....!!! Outro, se bem o percebi, chegou mesmo a afirmar que a situação do Brasil é comparável à usurpação do poder de Sassou Nguesso ao democraticamente eleito Pascal Lissouba, apetecido troféu que aquele não larga desde 1997. E já se prepara para passá-lo aos descendentes. "Pessoalizados" os tribunais e a media, prisões ou caminhos de fuga abertos para opositores ou nem isso, especialmente quando não se articulam com os mandantes, na domesticação da sociedade e na banalização de alterações constitucionais a favor da "monarquização absoluta" das nossas repúblicas formais. Faz-me lembrar amigos europeus que tenho e que me vêm pedir para não mais criticar o actual regime angolano, com JES, ontem e agora com JLO, porque “na Europa também temos corrupção”. Em vão lhes digo que sim, que corrupção existe em toda a parte e que o nosso problema é o “assassinato”, à luz do dia, não só das instituições de combate à corrupção mas de todos os mecanismos de gestão minimamente ética, dos assuntos de Estado. E que temos "profissionais", aqui chamados “bajus”, que independentemente do PR em vida, a quem preconizam a entrega de todos os poderes e na infinitude do tempo, a sua arte é “apanhar o peixe em águas” por si mesmo enturvadas.    




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Deixemos então de comparações no tempo e nos espaço. Como sociedade, tomemos consciência que isso assim não está nada bem.  E encontremos a contra arte pacífica de convencer, mesmo esses "profissionais" que Angola é demasiado grande para chegar para todos. E que estrangeiros também podem beneficiar de um país como o nosso, que não precisa de ser afundado todos os dias, para o benefício de uma minoria tão estrita, comprometendo o futuro dos nossos filhos e netos.




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