Dois ex-secretários de Estado ‘saltam’ do Fundo Soberano de Angola por “complicação” com o PCA do órgão

 


Trata-se de Alcides Safeca, ex-secretário de Estado do Tesouro do Ministério das Finanças, e de Laura Alcântara Monteiro, também ex-secretária de Estado da Economia, quadros do MPLA emprestados ao Governo que preferiram ir fazer às suas vidas no Banco de Fomento Angola (BFA) como forma de se esquivarem das brigas na gestão do Fundo.


Dois ex-secretários de Estado do Governo de Angola, nomeadamente Alcides Horácio Frederico Safeca e Laura Maria Pires Alcântara Monteiro, decidiram largar as suas funções de administradores executivos do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) devido a um conjunto de “brigas” que se vinga instalando no conselho de administração daquele órgão. Carlos Alberto Lopes, ex-ministro das Finanças e actual PCA do órgão, é apontado como o “causador” das ‘lutas’ que terá  forçado os seus ‘camaradas’ de Partido a abandonarem a estrutura, soube o Kieto Economia de fonte conhecedora do ‘processo’ e de membros do board.



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Devido ao evoluir das confusões em que os três estavam envolvidos, os também quadros do MPLA Alcides Safeca e Laura Monteiro pediram ao Presidente da República para deixarem o ‘barco’, tendo a direcção de quadro do MPLA os acomodados na actual estrutura de gestão do Banco de Fomento Angola (BFA), instituição que hoje acolhe larga maioria de ex-figuras de proa da governação ou da política activa do MPLA.
 
Assim, e com a saída destes dois pesos-pesados dos gestores do MPLA, o FSDEA fica assim sem dois dos seus administradores, já que, para preenchimento da vacatura, tem de ser o PR a nomear os novos membros dos órgãos da administração daquele órgão. 

As brigas na estrutura do FSDEA surgem numa altura em que o Banco Mundial, através de um relatório, afirma que sem gestão danosa e retirada de fundos para o PIIM o órgão valia hoje 6.500 milhões de dólares.
 
Só que as políticas de investimento iniciais, segundo o Banco Mundial,  foram mal desenhadas e pior implementadas, enquanto a gestão ficou marcada pela falta de transparência e actos de corrupção. Desde 2016, o fundo acumula um resultado líquido negativo de 269 milhões USD, de acordo com um artigo do Expansão, que cita o BM.

O relatório publicado em fevereiro deste ano destapa mais uma vez os graves problemas de gestão e más práticas que afectam o Fundo Soberano de Angola (FSDEA) desde a sua criação. Aliás, se a gestão tivesse adoptado uma estratégia conservadora, com a utilização de aplicações financeiras nos principais índices bolsistas internacionais, assegura o Banco Mundial, a capitalização do FSDEA teria subido de 5.000 milhões USD (a dotação inicial) para 6.500 milhões USD. Assim, desde 2012, o FSDEA foi descapitalizado em cerca de 2.900 milhões USD.

Como referência, o Banco Mundial utiliza o índice S&P 500 (que agrupa os maiores activos cotados na Bolsa de Nova Iorque) para lembrar que os 5.000 milhões USD atribuídos ao FSDEA teriam atingido 6.500 milhões USD em Junho de 2022, mesmo "depois de replicados os levantamentos de fundos que ocorreram em 2019 e 2020".


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