A reflectir. Mas vamos por partes, a começar pela (ins)estabilidade emocional do candidato- Ana Maria Simões



Sobre isso ocorre-me a instabilidade emocional de Sir Winston Leonard Spencer Churchill em vésperas de acontecimentos absolutamente decisivos ou na vida em geral, e desde pequenino, ou mesmo do emocionalmente instável John Fitzgerald Kennedy naqueles dias terríveis, em 1962, quando contenção e bom senso (e alguma obra do acaso) salvaram a humanidade. Ou seja, a instabilidade emocional pode ser um atributo dos grandes líderes, usar isso como arma política de arremesso é coisa de líderes pequenos ou empurrados por pessoas pequeninas. 

Em 1979, um par de anos após a Revolução de 25 de Abril, o centro-direita em Portugal tomava o poder através da AD. Para os historiadores, o facto é tido de certa forma como um fenómeno, no caso, um fenómeno benevolente de uma democracia que se construía depois de um golpe militar transformado em revolução de esquerda e a partir daí. 


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Em 2024, o fenómeno é outro, ou melhor, não é sequer fenómeno, é a democracia, ontem como hoje. 

No entanto, nos 50 anos da Revolução do 25 de Abril, o fenómeno é malévolo - e não por acaso o Palácio de Belém a reagir como reagiu, ainda que de forma absolutamente cínica. 

Em 2024, há a séria ameaça dos 'esteticamente superiores' e a certeza que o centro-direita não deixará de fazer o que tem de ser feito para tomar o poder. Não há volta a dar. É o que  é. 

E desta vez, mais do que o apelo ao voto, por cidadania, deixo transparecer claramente em quem vou votar. Em quem devemos votar.


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