IECA EM RISCO DE PERDER UNIVERSIDADE OFERECIDA POR JOÃO LOURENÇO



A Igreja Evangélica Congregacional de Angola (IECA) enfrenta a possibilidade de perder seu patrimônio, incluindo uma universidade oferecida pelo presidente João Lourenço, em virtude do processo de integração da IECA com a United Congregational Church of Southern Africa (UCCSA), uma igreja sediada na África do Sul.


Um grupo de membros da IECA, que se opõe à entrada na UCCSA, descobriu que, de acordo com os estatutos originais da UCCSA, ao assinar o termo de adesão, a IECA concordaria em transferir todo o seu patrimônio para a UCCSA, sem a possibilidade de recuperação em caso de separação futura. Essa descoberta levantou preocupações entre os membros da IECA, uma vez que a liderança havia distribuído uma cópia dos estatutos em português, mas a tradução estava incorreta, levando muitos membros a não perceberem as consequências da adesão à UCCSA.



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A situação tem gerado conflitos entre a atual liderança da IECA e outros líderes influentes que discordam da adesão à UCCSA, pois isso também exigiria a mudança de nome, símbolos e estatutos da IECA.


Recentemente, o representante provincial da IECA em Luanda, que se posiciona abertamente contra a UCCSA, denunciou ameaças de morte que recebeu por meio das redes sociais. Ele também relatou ter sido perseguido por desconhecidos. O pastor Ovidio de Freitas afirmou que o caso está sendo investigado pelo Serviço de Investigação Criminal.


Após a publicação do pastor Ovídio, outros pastores da IECA que se opõem à entrada na UCCSA também relataram ter recebido mensagens ameaçadoras.


A IECA está se preparando para realizar sua assembleia geral, na qual será escolhido o novo líder nacional. O atual líder, pastor André Cangovi, já não pode concorrer devido ao limite de dois mandatos, mas tem manifestado seu apoio a um dos candidatos de sua linha ideológica, que coincidentemente é o coordenador da UCCSA em Angola, o pastor Luciano Chianeque. No entanto, surgiram denúncias de que o pastor Luciano teria usado recursos da instituição em sua campanha, enquanto muitos pastores não recebem salários há mais de seis meses.


As acusações também envolvem Aires Samakumbi, que foi chefe de campanha do pastor André Cangovi e é responsável pela campanha do pastor Luciano. Samakumbi é diretor de comunicação e mobilização, bem como da gestão de recursos provenientes de missionários parceiros da IECA. Ele também exerce o cargo de diretor de gabinete do líder nacional. Samakumbi tem enfrentado oposição da ala conservadora da IECA, que o acusa de se divorciar de sua esposa sem fundamentos bíblicos e contrair um segundo casamento, o que o tornaria inelegível para o pastorado. A UCCSA, uma igreja liberal e aberta ao casamento homossexual, poderia ser uma alternativa para realizar o sonho de Samakumbi de se tornar pastor.


A IECA possui um patrimônio que ainda não foi totalmente catalogado, incluindo a universidade oferecida pelo presidente João Lourenço, 14 missões com vastas extensões de terra, um seminário para a formação de sacerdotes, escritórios em todas as 18 províncias, escolas associadas a quase todos os templos e mais de 900 templos permanentes em todo o país.


A disputa em torno do candidato pró-UCCSA já levou o líder nacional a alterar, sem autorização da igreja, a data e o local da próxima assembleia geral, que estava originalmente agendada para março na província do Bié. A assembleia agora será realizada na província da Huíla e está sendo organizada por um pastor pró-UCCSA e aliado da atual liderança.


Recentemente, ocorreu uma reunião em Luanda, convocada pelo grupo de pastores que temem pelo futuro da igreja. A reunião contou com a presençade líderes religiosos, membros da IECA e representantes de outras denominações cristãs que manifestaram solidariedade à igreja.


Diante desse cenário, a situação da IECA é delicada, com um racha interno entre os membros que apoiam a adesão à UCCSA e aqueles que se opõem a ela. Além disso, as ameaças e perseguições relatadas por pastores que se opõem à UCCSA geraram preocupações com relação à segurança e à integridade dos membros da igreja.


É importante ressaltar que as informações fornecidas são baseadas em relatos divulgados até a minha data de corte em setembro de 2021. Portanto, recomenda-se buscar fontes atualizadas e confiáveis para obter informações precisas sobre o desenvolvimento dessa situação específica da IECA.


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