Em 2021, o senhor João Lourenço quis manter um encontro com Hitler Samussuku, José dos Santos Mwanangola, Priscila Simão Matelo, José Gomes Hata e eu que vos escrevo. O convite chegou-nos por intermédio da senhora Anabela Diniz e do músico Preto Show cujos contactos iniciais foram feitos comigo e com Mwanangola. Na altura, Luaty Beirão e o Nelito Ekuikui encorajaram-nos que fôssemos ouvi-los e que deveríamos pensar na possibilidade de gravar toda conversa para depois expormos os seus planos. Eu não queria manter encontro com o pessoal do João Lourenço porque, de antemão, sabia quais eram os seus objetivos. Entretanto, seguimos o conselho do Luaty e o Nelito, aceitamos manter encontro com os supostos emissários do “presidente “ João Lourenço”.
Duas horas de conversas, marcadas por aliciamentos e imploração para que aceitássemos o convite de João Lourenço porque tinha todo interesse em nos conhecer e ouvir. Felizmente, toda conversa tinha sido gravada por nós e partilhada com um jornalista amigo do Novo Jornal que chegou de escrever um artigo que levou ao afastamento da senhora Anabela Diniz do cargo de diretora do Gabinete de Cidadania e Sociedade Civil do MPLA. Nesse encontro, deixamos bem claro aos presentes que nós não temos/tínhamos interesse nenhum de ir sentar e reunir com o senhor João Lourenço, pois nossas propostas e reivindicações são públicas e se o senhor quiser pode pegar todos os manifestos produzidos por nós onde constam as nossas pautas reivindicativas, mas ir ao encontro do “presidente” não, até porque eu, Dito Dalí, não gosto do João Lourenço e nunca quero conhecê-lo pessoalmente, fim da conversa. Levantamo-nos e fomos embora. No dia seguinte, partilhamos o teor da conversa com todo pessoal, o Luaty, Nelito e Coque Mukuta que havia ligado pra mim após tomar conhecimento do assunto.
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Quero com isso dizer o quê? Nós sabíamos que João Lourenço e o seu grupo tinham um objetivo claro: corromper, expor e destruir a nossa história de luta! Por tudo isso, não aceitamos qualquer encontro com ele e deixamos um aviso aos seus enviados: se voltarem a insistir nessa ideia iremos processar todos vocês incluindo o vosso presidente João Lourenço. Na mesma semana, recebemos vários pedidos e telefonemas dos responsáveis do CNJ Luanda com mesmo propósito, foram todos ignorados. De lá pra cá, nunca mais ousaram ligar pra nós porque sabem de facto qual é o nosso posicionamento.
Portanto, quem aceita ir sentar-se à mesma mesa com o senhor Norberto Garcia, não é nada inocente. Todos nós sabemos que esse senhor tem estado a comprar consciências de muitos jovens a mando do MPLA e do SINSE. Essa conversa de que é possível uma convivência entre “irmãos” é pura balela. Esta gentalha não pensa assim de nós. Eles têm um plano único: poder pelo poder. E pelo poder estão dispostos a fazer até o impensável aos adversários políticos como promover campanhas de diabolização e assassinar carácter de activistas, jornalistas e todos aqueles que se opõem a desgovernação do regime autoritário do MPLA.
O GAP de Norberto Carcia e a Segurança de Estado, contrataram muitos activistas confusos, tvs on-line e alguns dissidentes da UNITA, dentro e fora de Angola, com orientações expressas, dedicados a combaterem àquelas vozes incómodas que o regime não consegue comprar consciências para instrumentalizar.
Em todo mundo os povos estão a levantar-se contra os regimes autoritários, Angola não fugirá a regra só precisamos mobilizar 600/900 mil patriotas para o último combate.
Quando a ditadura for derrubada e a gente vencer, quero que o povo lembre-se que esse Norberto Garcia é (foi) um agente do eixo do mal e trabalhou não só para supostamente comprar consciências de jovens, também perseguiu pessoas inocentes a mando do tirano. Nunca se esqueçam disso.
Ele trabalha para comprar opositores e activistas e expô-los para descredibilizar o activismo em Angola em benefício do MPLA e do seu presidente João Lourenço.
Dito Dalí
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