Corrupção Afasta Investidores e Descredibiliza Governo



A crescente corrupção em Angola está se tornando um fator "desencorajador" para o investimento externo, segundo fontes empresariais. Observadores notam que a corrupção está mais disseminada e descarada do que no passado, o que contribui para a impopularidade e contestação ao regime do presidente João Lourenço (JL). Esta situação é vista como um "elemento potenciador de instabilidade social e política".


As redes sociais e outros meios de comunicação, difíceis de controlar pelo regime, têm dado especial atenção a casos de corrupção. Isso aumenta o ônus sobre JL, com detalhes comuns nas notícias incluindo:


- A corrupção está centrada no Estado e envolve centros de poder sob a tutela de JL.

- Personalidades próximas a JL, incluindo familiares e amigos, são frequentemente implicadas.

- Há alegações de que JL tem interesses indiretos em empresas e grupos empresariais favorecidos na contratação pública.


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- O uso recorrente do ajuste direto na contratação pública, uma prerrogativa exclusiva do chefe do governo.


A população, moldada por percepções de que a corrupção é a principal causa de desigualdade social e pobreza, expressa sentimentos de repulsa e rejeição. A riqueza produzida no país beneficia apenas uma minoria, que se apropria ilicitamente dos recursos, relegando as necessidades básicas da população a um plano inferior.


A corrupção estatal, especialmente ligada ao investimento público, é vista como desassociada de reais benefícios econômicos e sociais, como a valorização do potencial econômico do país e a criação de emprego. Práticas de má gestão, como a importação de bens que poderiam ser produzidos internamente, são consideradas de natureza corruptiva. Empresas envolvidas nesses negócios, muitas vezes estrangeiras e ligadas a altos funcionários do regime, dominam o mercado.


O ex-presidente José Eduardo dos Santos (JES) não era geralmente visto como um participante ativo na corrupção, embora o fenômeno fosse prevalente durante seu governo. A relativa modéstia de sua vida final é considerada elucidativa. Em contraste, JL é penalizado pela corrupção, visto que suas promessas de "extirpar" o fenômeno, que lhe renderam apoio popular, são agora vistas como aplicadas "seletivamente".


As decisões de JL em combater a corrupção parecem ter se limitado a familiares e aliados de JES, deixando a impressão de que a corrupção foi apenas "deslocalizada" para outros agentes. O destino de figuras proeminentes do regime de JES, como Manuel Vicente (MV), Leopoldo do Nascimento ("Dino") e Hélder Vieira Dias ("Kopelipa"), ilustra essa seletividade. MV, poupado por interesses de JL, continua nos negócios, enquanto Dino e Kopelipa enfrentam processos judiciais.


Consultores internacionais observam que o ambiente de negócios em Angola é mais desincentivador do que no passado. Embora o volume global da corrupção tenha diminuído devido à redução das receitas petrolíferas e obrigações de serviço da dívida, a corrupção atual é vista como mais delicada e associada a riscos de instabilidade.


A instabilidade potencial em Angola é atribuída à maneira como JL exerce o poder, gerando tensões internas no partido MPLA. As divisões dentro do partido, cada vez mais profundas, opõem alas que contestam JL, culpando sua conduta pela impopularidade do MPLA e reveses eleitorais sofridos em 2022, e vendo sua liderança como uma "ameaça" à sobrevivência do partido.

África Monitor

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