No seu discurso sobre o “Estado da Nação” deste ano, o Presidente João Lourenço de Angola afirmou que “no I semestre de 2024, a taxa de desemprego bruta foi de 32,3% ainda acima do desejado. Fruto das diferentes medidas de estímulo à economia, foram gerados 292.689 empregos líquidos”. Quando Lourenço assumiu o poder, em 2017 essa taxa estava em 28% e tem se mantido em ascensão. Um país saudável precisa ter uma taxa de desemprego em torno de 5%.
Com uma população de 33 milhões de habitantes, Angola precisaria criar aproximadamente 4,5 milhões de postos de trabalho para reduzir a taxa de desemprego a 5% e alcançar uma situação de empregabilidade considerada normal. O Presidente destacou a geração de 292.689 empregos, o que representa apenas uma contribuição de 1,8% para o total necessário.
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Se Angola continuar nesse ritmo, levará cerca de 15 anos para atingir uma taxa de desemprego de 5% e ser considerada estável. Uma alta taxa de desemprego está diretamente relacionada ao aumento da pobreza, o que pode resultar em descontentamento social, aumento da criminalidade, instabilidade política, crescimento do contrabando de combustíveis e fuga de talentos.
Em outras palavras, mais do que lançar uma cruzada nacional contra os crimes de vandalismo que afectam os bens públicos — que, segundo o PR, estão a “provocar danos significativos à nossa economia e a prejudicar todos os cidadãos” — a solução para o “estado da nação” é, na verdade, mais econômica do que policial.
José Gama
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