Mara Regina da Silva Baptista Quiosa, descendente de São Tomé e Príncipe, é um nome que se repete em círculos de poder, mas não em feitos memoráveis. Hoje, alçada à Vice-Presidência do MPLA, sua carreira é um retrato fiel de um partido que, há décadas, sobrevive na base de um sistema que promove mais nomes do que realizações.
De administradora do Sambizanga a vice-presidente da Comissão da Cidade de Luanda na era Higino Carneiro, Mara Quiosa seguiu o roteiro clássico dos altos quadros do MPLA: transitar entre cargos com orçamentos generosos e resultados escassos. Foi ainda governadora das províncias do Bengo, Cabinda e Kwanza Sul, onde, mais uma vez, as promessas foram a moeda corrente e os progressos concretos ficaram no imaginário popular.
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No Bengo, a senhora Quiosa carrega a marca de uma controvérsia que nunca foi devidamente explicada: a acusação de se apropriar de mais de dez edifícios na Centralidade do Kapari. Essa denúncia reflete não apenas a falta de transparência em sua gestão, mas também o modus operandi de uma elite política acostumada a transformar bens públicos em patrimônios pessoais.
Mara Quiosa é formada em Gestão, mas, paradoxalmente, não deixou rastros de uma boa administração nos lugares por onde passou. No Sambizanga, o abandono e a falta de serviços básicos continuaram a ser a regra. Em Cabinda, as promessas de desenvolvimento ficaram sufocadas entre discursos pomposos e a dura realidade de uma população abandonada. No Kwanza Sul, o cenário não foi diferente.
Ao promovê-la à Vice-Presidência, o MPLA apenas reforça o que muitos angolanos já sabem: o partido perdeu há muito tempo o rumo e não consegue oferecer soluções concretas para os problemas do país. A escolha de quadros que falharam em todos os postos que ocuparam é um reflexo do vazio ideológico e prático de uma máquina política cuja prioridade é perpetuar-se no poder, e não servir ao povo.
O caso de Mara Quiosa não é isolado; é um sintoma de um sistema em que a competência é irrelevante e a lealdade ao partido é o único critério que importa. Enquanto figuras como ela continuarem a ser promovidas, Angola permanecerá refém de um ciclo de mediocridade e corrupção que sufoca o progresso e destrói a esperança. O MPLA, ao que tudo indica, não tem solução.
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