Na fria celebração de dezembro, onde luzes artificiais tentam aquecer corações gélidos, o NATAL se traveste de festa, mas carrega o peso de ser uma data de contraste brutal. A mesa farta de uns é o vazio gritante no estômago de muitos outros. MILHARES DE CRIANÇAS, JOGADAS À SORTE NAS ESQUINAS e CONTENTORES, SÃO EXCLUÍDAS DO BANQUETE QUE SUPOSTAMENTE REFLETE O NASCIMENTO DO SALVADOR. O que resta a elas é a migalha da ganância alheia.
Este NATAL, assim como tantos outros, é CÚMPLICE DA HIPOCRISIA. O amor pregado no altar morre na prática. Enquanto se canta sobre paz na Terra, crianças travam batalhas diárias contra a fome, o abandono e a indiferença. O verdadeiro assassino não é o frio, mas a cegueira voluntária de uma sociedade que escolhe olhar para o brilho dos enfeites em vez de encarar a dura realidade debaixo da ponte.
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Nos contentores, o perfume de comida descartada denuncia o desperdício daqueles que se fartaram. Por que os restos de uns não podem saciar a fome de outros? Por que o espírito natalino se dissolve entre o luxo dos que têm tudo e a miséria dos que sequer sabem o que é ter algo?
Que neste NATAL as palavras "SOLIDARIEDADE" e "COMPAIXÃO" deixem de ser meras formalidades decorativas nos discursos ensaiados. Aos que roubaram, aos que acumulam riqueza à custa do sofrimento alheio: por amor a Deus, devolvam parte do que nunca lhes pertenceu. Aos que podem, abram suas portas, reservem um espaço em suas mesas, organizem ações para acolher aqueles que a sociedade insiste em descartar.
Se quisermos honrar o nascimento de Jesus Cristo, que o façamos não com presentes de luxo ou ceias opulentas, mas com gestos reais de amor e empatia. Que os miúdos das ruas sejam convidados a sentir o verdadeiro espírito de NATAL: o de um coração aberto e solidário, que enxergue neles o reflexo do próprio Cristo.
Neste NATAL, façamos diferente. Deixemos a hipocrisia de lado e sejamos, de fato, a luz que tanto celebramos.
in crônica Natalina
el Ukwanana o porta voz de quem não tem VOZ 🗣️. 25/12/24
23h:3'
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