Numa abordagem recente na Revista Zimbo, o Dr. Bali Chionga afirmou, com convicção, que "há menos corrupção no país do que havia há 30 anos". Embora essa afirmação possa ser vista como uma tentativa de otimismo, ela ignora a dura realidade enfrentada pela população angolana. Se realmente houvesse uma redução significativa da corrupção, deveria haver uma melhoria nas condições de vida dos cidadãos, algo que claramente não se verifica.
A triste realidade é que, a cada dia, surgem novas denúncias de desvios de recursos públicos. Um exemplo alarmante é o caso da merenda escolar na província do Uíge, onde alimentos destinados a crianças estão sendo desviados para fins comerciais, conforme denunciado pelo Grupo Carrinho. Essa situação não é um caso isolado, mas sim um reflexo de um sistema que ainda permite a corrupção em níveis alarmantes.
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Além disso, a infraestrutura do país apresenta sérios problemas. O saneamento básico é praticamente inexistente em muitas áreas, a escassez de água potável é uma constante, e as estradas estão repletas de buracos. As escolas públicas enfrentam um estado crítico de degradação, e os hospitais públicos não oferecem as condições adequadas para atender a população. A pobreza continua a ser uma realidade avassaladora, afetando milhões de angolanos.
Enquanto o Dr. Bali Chionga pode estar se baseando em dados ou análises que o levam a essa conclusão, a experiência cotidiana da população não reflete essa suposta diminuição da corrupção. Em uma sociedade onde a indignação popular é silenciada e as vozes dos cidadãos são ignoradas, a afirmação do Dr. Chionga parece mais uma tentativa de desviar a atenção da crua realidade.
Assim, a pergunta que se impõe é: essa posição do Dr. Bali Chionga representa uma análise fundamentada ou é apenas uma forma de bajulação? É fundamental que a discussão sobre corrupção e suas consequências seja pautada pela verdade e pela realidade vivida por todos, e não por otimismo infundado que não condiz com a experiência da população angolana.
José Vieira Paulo
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