O especialista em petróleo, António Vieira, denunciou uma sobrefacturação na construção do Terminal Oceânico da Barra do Dande, em Benguela. De acordo com Vieira, o projeto, iniciado em 2012 durante o governo de José Eduardo dos Santos, teve um custo final de 700 milhões de dólares, muito acima dos 250 milhões de dólares inicialmente orçados.
Vieira questiona o aumento significativo do preço final, sugerindo que houve partes que se beneficiaram dessa oportunidade. Ele argumenta que o projeto, inicialmente concebido com Isabel dos Santos, ainda antes da sua passagem pela Sonangol, deveria ter custado entre 250 e 300 milhões de dólares.
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O especialista critica a atribuição do projeto a uma empresa privada, a ENAGOL, questionando a sua ligação ao governo angolano. Ele defende que, por se tratar de um projeto nacional e de reservas do Estado, deveria estar sob a responsabilidade de uma empresa estatal ou da Casa de Segurança da Presidência da República.
Apesar da Sonangol estar em processo de transição e privatização, Vieira enfatiza a necessidade de um controlo estatal rigoroso neste tipo de projetos. Ele considera o aumento de custos exagerado e fora de qualquer nível de aceitação, levantando preocupações sobre a gestão do projeto e a transparência no uso de fundos públicos.
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