O Presidente da República, João Lourenço, destacou, nesta sexta-feira, a relevância estratégica do Terminal Oceânico da Barra do Dande, inaugurado na província do Bengo. Em declarações à imprensa, o Chefe de Estado afirmou que a infraestrutura marca o início de um plano para a autossuficiência de combustíveis no país, embora ainda haja desafios a superar.
Ao ser questionado pela TPA sobre o impacto do projeto na redução da dependência de importação de combustíveis, o Presidente reconheceu que este é apenas o começo. “A Sonangol tem duas grandes infraestruturas estratégicas. Uma delas é o Terminal Oceânico da Barra do Dande, que esteve parado por cinco anos, mas conseguimos retomar e concluir. A segunda é a Refinaria do Lobito. Quando concluirmos essa obra, aí sim, poderemos dizer que o país estará autossuficiente na produção de combustíveis”, afirmou.
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Além do Terminal da Barra do Dande, Lourenço mencionou a Refinaria de Cabinda, prevista para ser entregue ainda este ano, e a necessidade de reforçar a capacidade de armazenamento em províncias como o Moxico Leste e o Cuando, devido à sua localização estratégica.
O Presidente também abordou o impacto do novo terminal no combate ao contrabando de combustíveis, mas alertou que a solução para esse problema não depende apenas de novas infraestruturas. “O combate ao contrabando cabe aos homens. Já temos tomado medidas, mas talvez não o suficiente. Precisamos continuar essa luta até erradicarmos esse mal”, afirmou em resposta ao Jornal de Angola.
Lourenço ainda destacou que a atual política de subsídios contribui para o problema, pois Angola importa combustíveis a um preço alto e os revende a um valor inferior, gerando prejuízos ao Estado. “Se compramos a dez e vendemos a seis, estamos a perder dinheiro. Ajustar os preços ao valor real ajudará a desencorajar os malfeitores envolvidos no contrabando”, concluiu.
A inauguração do Terminal Oceânico da Barra do Dande representa um avanço no setor petrolífero do país, mas o governo ainda enfrenta desafios para garantir o abastecimento interno e combater práticas ilícitas que prejudicam a economia.
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