A NOSSA CULTURA ORGANIZACIONAL- DEMETRIO KOKELU TULUMBA



As organizações partidárias africanas são caracterizadas pela sua forma de ser e estar ou ainda mesmo de proceder. Faz parte da nossa cultura e herança africana, o mujimbo ( ulandu), dado pelo visitante, explicar a situação da área de origem e as razões da sua viagem, saber da saúde dos visitados, ouvir deles a situação da área, do ponto de vista social, cultural, económico e de segurança. Foi assim desde os tempos idos, dos nossos avoengos e daqueles que nos precederam, cujo legado continua tatuado em nós. 


Os movimentos de libertação, em particular a UNITA que adotou a teoria da "Direcção no interior do país ", sobreviveu a luta, ante a um inimigo feroz e tenaz, graças a esta cultural organizacional herdada dos nossos maiores. Foi esse contacto com as elites, que permitiu o contacto com o povo e concomitantemente o seu apoio inequívoco, que fez com que ela sobrevivesse a vendavais e tempestades criadas por factores internos e externos, porque tem uma base e uma estrutura, consolidadas durante a luta contra o colonialismo português, contra o expansionismo russo-cubano, pela Democracia, pela angolanidade e pelo bem estar dos filhos desta pátria. 



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Não é mister, quando uma delegação chefiada pelo presidente do partido reúne com os quadros nas províncias do leste só para falar sobre a FPU ( que afinal continua no pensamento da Direcção e na forma de coligação), não permitindo intervenção dos quadros do partido. A nossa cultura organizacional está a ser torpedeada pelos " nova etapa ". É nova etapa ou nova etapato? Onde é que anda o famigerado grupo dos sábios para aconselhar a Direcção sobre esses gaffs? O homem quadro não vive de orientações a orientações de cumprimento obrigatório,  o homem quadro pensa, tem suas preocupações, quer ouvir e questionar sobre algumas situações.


A nossa cultura foi sempre de debate, tanto "debate pelo deba", como o " debate para acção". O presidente não pode fugir o debate nem limitar as intervenções escolhidas a dedo. Vá ao debate interno! É nossa cultura, chegar numa província, ter o brifing com o executivo do partido, encontro com as autoridades governamentais, tradicionais, sociedade civil e o encontro com os quadros, nada de orientações mas de perguntas e respostas. Foi assim com o Dr. Savimbi (que muitos de vós o pintam como o mau da fita), também foi assim com o velho Samakuva. É no debate com os quadros que se pode ter a situação real do partido e o rumo que o mesmo deve tomar.


By: DK Tulumba


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