Críticas e Desafios à Liderança da Rádio 5: A Necessidade de mudanças urgentes - Jaime Pereira



A Rádio 5, pertencente ao Grupo RNA, tem vindo a comprometer a sua produção radiofónica e a desiludir os seus ouvintes, que esperam uma programação de qualidade. Sob a liderança do actual director, Aguilar Virgílio, a estação tem enfrentado uma série de desafios que têm enfraquecido a sua gestão.


A liderança de Aguilar Virgílio tem sido amplamente criticada pelos seus colegas, que o consideram autoritário e incapaz de reunir consenso dentro da colectividade da estação. A situação piorou ainda mais com a exoneração de Alves da Silva do cargo de Chefe de Produção, um cargo que Virgílio havia proposto na altura. Esta decisão foi vista como um reflexo das divisões internas e agravou ainda mais a já fragilizada posição do director, que se tem distanciado de diversas situações que têm comprometido a produção do canal desportivo da Rádio 5.

 


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O actual chefe de produção, Divua Manuel, tem sido descrito como uma figura decorativa, uma vez que, na prática, tem sido o próprio director da estação a comandar todas as operações da Rádio 5, o que evidencia uma gestão centralizada e sem a devida colaboração da sua equipa.

 

Mariano de Almeida, ouvinte assíduo da estação e crítico activo nas redes sociais, tem apontado inúmeras irregularidades na cobertura da Rádio 5, especialmente no que se refere à província de Benguela. Segundo Almeida, os profissionais locais da rádio têm servido de escudo para a equipa do Wiliete, que, segundo ele, é beneficiada pelas equipas de arbitragem. Um exemplo recente foi o desabafo de Flávio Amado, treinador do São Salvador do Zaire, que denunciou o mau trabalho da arbitragem, enquanto os profissionais da Rádio 5, em Benguela, atribuíram uma nota 4 ao árbitro, sem que a direcção da estação demonstrasse preocupação com as críticas.

 

Esses episódios deveriam ter levado a direcção da Rádio 5 a realizar um inquérito sobre as declarações de Flávio Amado, já que há várias queixas de clubes que passaram pela região de Benguela e se sentiram prejudicados pela arbitragem, especialmente na "banheira de Ombaka". A actual liderança da rádio parece ignorar essas reclamações, o que está a prejudicar ainda mais a credibilidade da estação.

 

Apesar de ter quadros competentes, a Rádio 5 parece precisar urgentemente de uma mudança na sua liderança. A forma como Aguilar Virgílio tem gerido a rádio, sem o devido apoio da sua equipa e sem demonstrar capacidade de reunir consenso, tem gerado uma falta de confiança entre os seus colaboradores. A estação, que deveria ser a líder no desporto em Angola, tem perdido a sua relevância devido à má gestão.

 

Outro ponto crítico é a fraca cobertura do campeonato da segunda divisão. A Rádio 5, que tem a responsabilidade de cobrir o futebol nacional, nem sequer se dignou a fazer resumos finais dos jogos, mesmo que fossem gravados para a cadeia nacional. No Huambo, por exemplo, não houve qualquer cobertura do derby entre o Ferrovia e a Caála, duas equipas que já militaram na primeira divisão. Além disso, a produção da Rádio 5 ignorou o jogo onde o histórico Primeiro de Maio de Benguela goleou o Futebol Clube Jovens do Moxico por 5-0, assim como a derrota do Nacional de Benguela por 1-0 contra o União de Malanje.

 

Diante dessas e de outras situações, fontes internas da rádio afirmam que está na hora de mudanças significativas na emissora desportiva do Grupo RNA. A falta de inovação, o distanciamento das necessidades da audiência e a fraca gestão interna podem levar a Rádio 5 a perder a sua posição de liderança no sector desportivo em Angola, caso não sejam adoptadas mudanças urgentes na sua direcção.

Club-K


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