O ministro Rui Falcão «roubou» o Vaz Kinguri da Rádio 5, convertendo-o no chefe do seu gabinete de imprensa. Isso não foi de bem.
A razão é simples: ele será ainda o relatador de jogos de futebol mais empolgador do país, pelo que vamos sentir falta disso na actual campanha para o mundial e até mesmo no CAN do Marrocos, que começa já no finalzinho de Dezembro.
Não estou a «lamber» o homem por ser conterrâneo da minha velha, mas sim por ser uma verdade impossível de se escamotear. Neste momento, não há quem consiga dar vida a um relato dum jogo de futebol como o Vaz Kinguri, tal como Manuel Rabelais já o fez ao seu tempo.
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E com o «desaparecimento» do José Kissanga, outro conterrâneo da minha velha, homem que estava mais próximo do Vaz Kinguri, a Rádio 5 vai congregar menos gente nos dias em que Angola jogar.
Eu não alinho com o «Angola caiu de pé» do Vaz Kinguri, nem com alguns outros exageros do indivíduo, mas sou seu adepto. Daí que esteja preocupado com o seu eventual desaparecimento dos grandes relatos dos próximos tempos.
O problema maior é que a Rádio 5 não tem neste momento ninguém à altura para o substituir, verdade se diga, noves fora a conversa de que não existem insubstituíveis.
Considero com boas hipóteses de fazerem de gato na falta de cão o Pedro Bambi, o Domingos Januário, o António Malungo e o Ayrton Kenha, sendo certo que não será a mesma coisa, nem poderia ser.
Fecho esta conversa de intriga com uma sugestão: que o ministro Rui Falcão dispense o Vaz Kinguri quando a nação precisar do seu empolgamento radiofónico a partir do 11 de Novembro ou mesmo dalgum estádio no estrangeiro. Se ganharmos em Benghazi, seria bom ensaiar isto já no dia 25, diante de Cabo-Verde. Porque não?
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