A Procuradoria Geral da República (PGR) de Angola notificou o advogado do ativista Nelson Dembo, conhecido como "Gangsta", sobre o início de um processo judicial que o acusa de instigação pública ao crime e participação em motim. O Ministério Público apontou que as evidências reunidas são suficientes para sustentar as acusações contra o arguido de 44 anos, nascido em 07 de novembro de 1977, dedicado à rádio e residente na Centralidade do Kilamba.
Segundo o documento em posse do Lil Pasta News, o caso remonta a eventos ocorridos em 2020, quando David Joaquim Chinhenga Bóio, conhecido como "David Boio", criou a plataforma digital Camunda News, através da qual se permitia a troca de opiniões públicas. Durante esse período, "Gangsta" e outros profissionais foram reconhecidos por utilizar a plataforma para promover campanhas de sensibilização voltadas para jovens, que, segundo as autoridades, incitavam à rebelião e ao vandalismo.
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O Ministério Público fez referência à veiculação de vídeos e áudios nas redes sociais, nos quais "Gangsta" teria feito declarações contundentes contra o governo angolano e seus representantes. Durante uma manifestação que ocorreu no Largo do 1º de Maio, o ativista foi gravado proferindo palavras duras: “Quem está no Palácio? É delinquente! Este é o país mais falhado porque é um país de governantes delinquentes!”, palavras que foram apresentadas como evidência no caso, lê-se na notificação.
As investigações da PGR indicam que "Gangsta" não apenas participou de atos de agitação, mas também incentivou a desordem e o tumulto entre os manifestantes, insinuando que o governo atual é composto por “ladrões” e “gatunos”. Relatos mencionam que suas declarações poderiam ter instigado os participantes a agir de forma violenta, o que gerou preocupações por parte das autoridades.
A acusação inclui crimes de instigação pública ao crime, participação em motim e ultraje aos órgãos do estado, com a responsabilidade criminal sendo agravada por diversas circunstâncias, incluindo a natureza e gravidade dos atos praticados.
Caso a situação não mude, "Gangsta" poderá enfrentar sérias consequências legais. Os detalhes sobre a sua situação carcerária também foram discutidos, com o processo seguindo as diretrizes do Código Penal Angolano.
O caso de Nelson Dembo "Gangsta" levanta questões sobre a liberdade de expressão em Angola e os limites do ativismo político no país. A PGR e as autoridades continuarão a monitorar a situação, enquanto os cidadãos e a mídia observam atentamente os desenvolvimentos deste controverso processo judicial.
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