Nos últimos tempos, muito se tem falado sobre a Frente de Libertação do Estado de Cabinda, Forças Armadas de Cabinda - FLEC FAC. Os ataques perpetrados por este grupo, que reivindica a independência do Estado de Cabinda, são visíveis e notórios. Contudo, o Governo angolano, liderado pelo cidadão João Lourenço, Presidente da República de Angola e do MPLA, insiste em negar a realidade, chegando ao cúmulo de afirmar que a FLEC já não existe.
Esta negação absurda surge justamente num momento delicado em que a UNITA submeteu à Assembleia Nacional uma proposta de resolução para um cessar-fogo imediato em Cabinda por outro, a própria FLEC anunciou, de forma pública e inédita, um cessar-fogo de dois meses, num gesto claro de boa fé, esperando pelo desfecho do debate na assembleia nacional.
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No entanto, em vez de aproveitar essa oportunidade para iniciar um processo de diálogo sério, maduro e responsável, o governo optou por mais um espetáculo vergonhoso, apresentou, nas suas TPA's 1, 2 e 3 alguns supostos “dissidentes” da FLEC, que alegam ter abandonado a luta por maus-tratos. Ora, quem realmente sofre de maus-tratos, estava a passar por miséria profunda, não pode surgir de fato e gravata, bem alimentado e ensaiado.
Diante desta encenação, a pergunta impõe-se. Se o governo defende com tanta convicção que a FLEC já não existe, de onde surgem então estes “dissidentes ”? Essa encenação não revela apenas desespero político, mas uma estratégia deliberada de manipulação. O governo está, sem dúvida, a tentar camuflar a realidade do conflito em Cabinda, iludindo os angolanos e a comunidade internacional com encenações e desinformação.
Mais grave ainda é a resistência contínua e teimosa ao diálogo. O que impede o governo do MPLA de sentar à mesa com representantes da FLEC? Medo de reconhecer erros históricos? Arrogância do poder? Ou simplesmente desprezo pela vida e sofrimento do povo cabindense? A recusa em dialogar é uma opção consciente pela violência, pela instabilidade e pelo prolongamento do conflito.
A postura do Executivo é não só irresponsável, mas também criminosa. Ao ignorar os apelos por diálogo, o governo legitima a continuação do conflito, a morte de inocentes e o sofrimento de milhares de famílias. Alimenta-se o ciclo de exclusão, repressão e marginalização, ignorando completamente as causas profundas do problema de Cabinda, a falta de justiça, de desenvolvimento sustentável e de inclusão política real.
A paz não se impõe e nem se decreta em conferências de imprensa. A paz constrói-se com humildade, escuta ativa e vontade política. O futuro de Cabinda não pode ser definido por quem se recusa a reconhecer o passado e ignora o presente. Fingir que a FLEC já não existe é fingir que o povo de Cabinda não sofre. E isso é, no mínimo, uma desumanidade.
Se o governo continuar a encobrir a realidade e a recusar o diálogo, estará a empurrar Cabinda para um abismo ainda maior. Um conflito que poderia ser resolvido politicamente, com maturidade e respeito mútuo, poderá transformar-se numa ferida irreparável para a história de Angola.
Outrossim, no dia 13 de Abril do corrente ano, a FLEC FAC alertou a comunidade internacional para esta tentativa do governo de João Lourenço manipular a opinião pública e de criar uma falsa imagem de desmobilização voluntária e integração das forças Cabindesas, enquanto continua a recusar qualquer diálogo sério e inclusivo sobre o conflito em Cabinda.
Do vosso irmão: Lourenço Lumingo
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