No final do dia, vence quem apresentar a melhor narrativa - David Boio



A competição política é sobretudo um competição entre narrativas, vence quem cuja narrativa for mais convincente. Mesmo o exercício autoritário do poder, ou sobretudo este, necessita de uma narrativa convincente. 

Por exemplo, o executivo quando decide alterar o preço do combustível diz: O Executivo decidiu baixar o subsídio dos combustíveis. Não diz: Que decidiu aumentar os preços. 

Ao dizer que dedicou baixar o subsídio é como se estivesse apenas a deixar de fornecer um “favor” aos cidadãos. Pelo que, os cidadãos que acreditam nessa narrativa ao invés de avaliarem negativamente o Executivo ainda têm de agradecer à Deus ou aos nossos ancestrais a benignidade do Executivo.


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Enfim, não basta ter razão — é preciso saber contar a razão.

Em política, as percepções moldam a realidade. Quem controla a narrativa, controla a interpretação dos fatos, mesmo quando os fatos são desfavoráveis. A política moderna não é apenas a arte do possível, mas a arte do “plausível”.

Assim, uma crise económica pode ser narrada como “ajustes dolorosos, mas necessários para salvar o país”, e não como incompetência governamental. Um ato de repressão pode ser apresentado como “manutenção da ordem pública” e não como violação de direitos.

As palavras escolhidas, os enquadramentos usados, as emoções acionadas — tudo é milimetricamente desenhado para criar sentido e legitimidade.

Narrativas não são apenas versões dos factos: são pontes que ligam factos a emoções. E quem domina as emoções domina o comportamento. A tal “pós verdade”. 

No final, a verdadeira batalha política não é apenas entre partidos ou candidatos — é entre histórias.

E vence, não necessariamente quem tem a melhor proposta, mas quem consegue contá-la melhor.


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