Anda pelas redes sociais, com toda a desvergonha, uma peça publicitária, segundo a qual um jovem que não tenha aderido à JMPLA, mesmo que tenha boa formação, nunca será bem-sucedido, em Angola.
Se vivêssemos num país a autocorrigir-se, permanentemente, dos graves equívocos em que tem incorrido, nesses cerca 50 anos de independência do chamado jugo colonial, a ninguém passaria pela cabeça que essa “vinheta” pertence ao próprio sistema do poder actual. Porém, no nosso caso, isso só vem atestar com clareza flagrante, o que temos referido várias vezes: enquanto o país não for desbloqueado da cadeia formal e material em que foi colocado, de modo especial pela Constituição de 2010, a arrogância, a exclusão e o consequente desastre no funcionamento do Estado não nos largarão.
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Se eles irão ganhar todas as eleições que vêm aí, por mais 50 anos, porque têm a CNE que é deles, têm o TS que é deles, o TC que não é menos deles e os "serviços secretos" que por vezes duvido se não são mesmo eles que nos governam a todos (leiam e ouçam o que vai dizendo o Dr. Miguel Ângelo, sobre o General Garcia Miala e quejandos), como não dar-lhes na gana gabarem-se assim, tão ostensivamente, da destruição do que sobrou de melhor, da obra colonial, que é a formação e a selecção dos melhores, para sevir o país?
Ontem estive a ouvir o Eng. Fernando Pacheco, gravado pelo activista Ângelo Kapwacha, a dizer coisas tão acertadas sobre o que devia ser a nossa agricultura, hoje, nos seus aspectos a montante e a jusante. Mas o que logo me ocorreu foi perguntar-me se é possível produzir-se "um Fernando Pacheco", no sistema que a suposta “vinheta” da JMPLA propõe à juventude dos nossos dias, para se poder triunfar e servir o país.
Quem me conhece sabe que não tenho estrutura mental para propor qualquer método, que não seja pacífico, para superar problemas de ordem política. Mas há que rejeitar-se, por todos meios, esta arrogância exclusivista que nos vai derrotando a todos, incluindo os seus promotores.
Ouvi dizer que, enquanto o Estado, tomado pelo “sistema”, vai torrando somas enormes de dinheiro, para celebrar a mitologia duma independência que vai empobrecendo gerações e gerações, empurrando-as para a nossa antiga metrópole colonial; a Igreja Católica promoverá um sério e grande debate sobre o que têm sido, realmente, os nossos 50 anos de independência. A ser verdade, que bela notícia!
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