A quem diga que Angola, é como Mato Grosso há cerca de quatro décadas — um local pleno de potencial para produção de alimentos, mas ainda carente de infraestrutura e tecnologia agrícola.
As colheitas no país ainda estão longe dos números obtidos no maior estado produtor do Brasil. O milho, principal grão cultivado, pouco ultrapassa 3 milhões de toneladas a cada safra. Mas Angola tem pressa: a população que hoje é de cerca de 36 milhões de pessoas cresce cerca de 1 milhão por ano. E precisa comer.
Para tentar resolver essa equação, Angola busca atrair produtores e empresários do setor rural Brasileiro com aval de Brasília, para conhecer as oportunidades que oferece na agropecuária.
Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762
Nesta semana um grupo de brasileiros, acompanhado do ministro Carlos Favaro, da Agricultura, está em Angola conhecendo empreendimentos com possibilidades de parcerias e áreas que podem ser concedidas para a implantação de projetos de agricultura.
Não se trata, no entanto, da “descoberta de Angola “. Brasileiros pioneiros já estão instalados no país tempos, e agora esperam abrir mais portas para os conterrâneos. Altair Oliveira(na foto), por exemplo, é um dos fundadores da fazenda Pipe, que ocupa áreas nas províncias de Malanje e Cuanza Norte desde 2010.
A terra vermelha da propriedade até hoje não precisou receber calcário. Na safra 2025/26, são cultivados 4700 ha de milho, 2200 ha de soja e 500 ha de feijão; 1250 ha são irrigados porção que deverá chegar a 2850 no ano que vem.
“O grande desafio aqui foi começar. Angola praticamente não tinha tradição alguma na agricultura (comercial) e enfrentamos muita dificuldade, principalmente em infraestrutura. Quando chegamos, há 15 anos, tínhamos que vir de helicóptero, pois não tinha estrada sequer pra chegar na fazenda “, conta Oliveira.
A conquista mais recente foi a chegada da energia, trazida de forma independente o que permitiu o uso de pivos de irrigação. O próximo marco a ser alcançado é a chegada de sementes transgênicos que ainda não são permitidas em Angola, mas, de acordo com o governo local, devem ser liberadas em breve. “A utilização de variedades convencionais dificulta as operações e limita a produtividade, levando os custos “.
Oliveira conta que já foram investidos de 40 milhões a 50 milhões de dólares na Pipe. “Temos anexa outra propriedade de 8000 ha, e, se surgir um parceiro que possa trazer conhecimento experiência teria muita avalia “, afirma produtora, referindo-se ao possível investimento de brasileiros.
Outra iniciativa com participação do Brasil em Angola é o cultivo pioneiro de cana-de-açúcar pela Biocom, na província de Cuanza Norte. A primeira moagem da usina, que permanece como a única do país, ocorreu em 2014, e hoje a produção de açúcar chega a 130 mil toneladas .
A empresa obteve concessão do governo angolano para uma área de 59 mil ha, dos quais 46 mil podem ser ocupados com plantio. Mas hoje apenas 33 mil tem cana. A Bion busca formar parcerias com produtores brasileiros para se possível extinguir essa diferença, oferecendo um “pacote “ com canaviais plantados áreas para reforma e o restante para expansão.
Canal Rural
Siga o canal do Lil Pasta News clicando no link https://whatsapp.com/channel/0029Vb4GvM05Ui2fpGtmhm0a
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação
0 Comentários