Três dias de protestos.
22 mortos.
Tiros, gritos, dor.
E… silêncio.
Entras no site da TPA: nada.
Sintonizas a Rádio Nacional, a Rádio Luanda: música, entrevistas leves, programas de variedades.
Ligas a TV: nenhuma transmissão em direto, nenhum jornalista no terreno, nenhuma reportagem de fundo. Só uma nota tímida sobre “vandalismo”.
E o sangue? E os corpos? E as famílias?
Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762
Vivemos em 2025 com câmeras que cabem no bolso, transmissões ao vivo a um clique de distância, redes sociais a explodir de imagens amadoras…
Mas a imprensa profissional? Paralisa.
Não vê. Não ouve. Não fala.
Não porque não pode mas porque não quer?!
Na época da kitota a sério, com câmeras pesadas, sem internet, com estradas de terra batida e zonas de guerra, houve jornalistas que arriscaram tudo para estar e mostrar o teatro das operações.
Hoje, com todos os meios, falta só vontade ou melhor, falta coragem.
Jornalismo angolano uafu. Resta agora saber quando será enterrado oficialmente.
Jornalismo não é porta-voz do poder.
Jornalismo é testemunha da dor.
É presença no campo. É voz do povo.
É memória do que os poderosos querem apagar.
E quando o jornalista se cala diante da injustiça, se omite diante da bala, se esconde diante do luto coletivo… então está apenas a confirmar: não serve ao povo, serve ao partido.
Mas a história é implacável. Ela lembra. Ela cobra.
Hoje, o silêncio pode parecer seguro.
Mas amanhã será vergonhoso.
Mc Diamondog
Siga o canal do Lil Pasta News clicando no link https://whatsapp.com/channel/0029Vb4GvM05Ui2fpGtmhm0a
Lil Pasta News, nós não informamos, nós somos a informação



0 Comentários