Ser um cantor famoso, um artista muito ouvido ou um atleta com vários títulos, não é fundamento para a mais alta condecoração civil de um Estado.
O reconhecimento público, os prémios comerciais, a popularidade ou mesmo a influência cultural são formas legítimas de sucesso, mas não equivalem à distinção máxima de um país.
A condecoração maior deve ser reservada apenas a quem para além da notoriedade, conseguiu produzir um impacto estrutural, permanente e vital para a sociedade.
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Isso significa elevar não apenas a sua carreira, mas a própria nação, seja por feitos extraordinários em momentos críticos, seja por contribuições que transcendem o campo individual e se tornam património coletivo.
Quando se entrega a honra suprema a todo artista consagrado ou a toda figura mediática, me passa a impressão de sermos um país que não sabe separar categorias, extremamente confusos!
Isto dilui o peso da maior distinção que existe! Até onde vi, todos os condecorados merecem um prêmio carreira, algo que podia ser organizado pelo ministério da Cultura, ou qualquer outro que seja o órgão regulador responsável pela actividadede de determinada figura, mas não uma condecoração!
Estamos a falar do último nível do prestígio nacional para civis, e estão mesmo a vulgarizar isto!
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