As autoridades angolanas ordenaram o bloqueio das contas bancárias do empresário eritreu naturalizado na Antígua e Barbuda, Isayas Desale Berhe, de 47 anos, beneficiário de um empréstimo de cerca de 13 milhões de dólares (11,856 mil milhões de kwanzas ao câmbio actual) concedido pelo Banco Angolano de Investimentos (BAI). O empresário, responsável por várias empresas a operar em Angola, algumas já em situação de falência é investigado por suspeitas da prática de crimes de branqueamento de capital, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
Operação coordenada pela PGR
No dia 21 de agosto deste ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) notificou a Unidade de Informação Financeira (UIF), solicitando dados das contas bancárias para as quais o empresário havia transferido o dinheiro obtido através do crédito. Recentemente, as autoridades ordenaram o bloqueio da conta do suspeito no BAI, enquanto rastreiam as demais contas onde foram enviados os valores do empréstimo.
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Segundo documentos a que o jornal teve acesso, o empresário começou a circular centenas de milhões de kwanzas em várias contas através do BAI-DIRECT, utilizando a conta com IBAN 004000001064848710171.
Exigência de esclarecimentos ao banco
A PGR já havia notificado o Presidente do Conselho de Administração do BAI, exigindo que, num prazo de 72 horas, fossem fornecidos os dados sobre a documentação que permitiu a concessão do empréstimo bancário à empresa Kaheel Farming Services Angola, propriedade do empresário em causa. A solicitação ocorreu após a divulgação pelo Na Mira da operação que permanece pouco clara, sobretudo pelo facto de, dias depois de receber o crédito, o dinheiro ter sido distribuído por várias contas domiciliadas em diferentes bancos.
Num documento datado de 15 de julho e enviado ao BAI, a PGR obriga a instituição financeira a fornecer o extracto bancário da conta da referida empresa desde o mês de janeiro até à data de entrada do pedido.
Arguido circula livremente
O empresário já foi constituído arguido no mesmo processo. Estranhamente, porém, continua a entrar e sair do país livremente, como se nada se passasse, levantando questões sobre os mecanismos de controlo de mobilidade de investigados em processos de crimes económicos.
A investigação prossegue com o objectivo de rastrear o destino final dos valores transferidos e identificar eventuais cúmplices na rede de movimentações financeiras suspeitas.
Na Mira do Crime
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