A Sua Excelência o Senhor Presidente da República de Angola,
João Manuel Gonçalves Lourenço
Excelência,
Um grupo de trabalhadores da Agência Angola Press (ANGOP), em Portugal e em Luanda, vem, por este meio, manifestar o seu profundo descontentamento face ao mau clima laboral que se instalou há mais de quatro anos na nossa instituição.
O actual Conselho de Administração da única Agência de notícias do país parece ter perdido o rumo, instaurando-se um ambiente de divisão, favoritismos e perseguições. Há trabalhadores privilegiados e outros marginalizados. Quem ousa manifestar uma opinião contrária ou questionar determinadas decisões passa a ser alvo de represálias e perseguições, como se a empresa fosse uma instituição privada.
É do conhecimento geral que cada gestor tem o seu estilo de liderança e poder de decisão administrativa. Contudo, o excesso de autoritarismo e a falta de diálogo têm levado muitos colegas a abandonarem a ANGOP, procurando refúgio noutras áreas da comunicação social, dentro e fora do país.
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Muitos jornalistas enfrentam dificuldades até na locomoção para o trabalho, porque as viaturas da empresa são frequentemente usadas para fins particulares. Quando reclamam, são punidos com faltas injustificadas ou processos disciplinares.
A celebração do Dia da ANGOP, há 30 de Outubro último, foi vivida com tristeza e desânimo. O ambiente festivo deu lugar a um clima de aparências e constrangimento, visível no rosto de muitos profissionais que, outrora, sentiam orgulho em servir esta casa que tanto contribuiu para o prestígio da comunicação social angolana.
Excelência, pedimos a sua intervenção urgente. A ANGOP precisa de ser revitalizada, tanto em termos de gestão como de valorização dos seus recursos humanos. Hoje, o ambiente interno parece um verdadeiro “ninho de pólvora”: há arrogância, protecionismo e medo. Quem tenta opinar ou sugerir melhorias é ameaçado de exoneração, reforma compulsiva ou afastamento.
Nas províncias, a situação também é preocupante. Muitos delegados mantêm vínculos de lealdade pessoal com a Administração Central, o que dificulta qualquer tentativa de mudança ou diálogo franco.
Senhor Presidente, pedimos que salve a nossa empresa. Muitos de nós já enfrentam problemas de saúde, fruto do stress e da falta de estabilidade. Temos famílias, responsabilidades e, acima de tudo, amor à pátria e ao jornalismo.
Exonerar e nomear pode ser um acto administrativo simples, mas salvar vidas, dignidades e uma instituição pública exige coragem e sensibilidade.
Agradecemos por dedicar tempo à leitura desta carta e esperamos sinceramente que a nossa voz seja ouvida.
Com elevada consideração e respeito,
Os profissionais da ANGOP — Luanda e Portugal
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