O processo de privatização parcial da operadora UNITEL, conduzido pelo Ministério das Finanças no âmbito do programa PROPRIV 2023-2026, continua a despertar interesse no mercado internacional. Depois de empresários angolanos (dentre os quais Silvestre Tulumba) terem também manifestado na intenção de adquirir 25% da participação da Sonangol na empresa, surgiram novas propostas de investidores estrangeiros.
Fontes próximas ao processo confirmam que há duas empresas internacionais interessadas em entrar na estrutura acionista da UNITEL, sendo uma delas de origem espanhola. As propostas em análise apontam para valores entre 350 e 400 milhões de dólares, montante considerado necessário para garantir entrada significativa no capital da operadora.
A UNITEL, atualmente controlada a 100% pela Sonangol, prepara-se para alienar 15% do capital social através de uma Oferta Pública Inicial (OPI) na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA). O processo prevê ainda a reserva de 2% das ações para trabalhadores e membros dos órgãos sociais da empresa, reforçando o caráter inclusivo da operação.
A saída de Isabel dos Santos (na foto), cujas participações foram apreendidas em 2020, deixou a Sonangol como único acionista da UNITEL. Desde então, o Estado tem procurado abrir o capital da empresa ao setor privado, numa estratégia de modernização e captação de investimento estrangeiro.
Com a indefinição por parte de empresários angolanos, que haviam avaliado a operação em cerca de 250 milhões de dólares, o caminho fica aberto para investidores internacionais. Analistas consideram que a entrada de capital estrangeiro poderá trazer maior dinamismo ao setor das telecomunicações em Angola, mas alertam para a necessidade de garantir transparência e competitividade no processo de privatização.
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