“Kopelipa” acusado de ter ficado com € 750 milhões para requalificação do Cazenga

Luanda - O PCA da empresa de construção Jeosat Angola , Carlos Martins Rodrigues acusou no passado dia 24 de Março, em conferencia de imprensa, realizada em Luanda, o general Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, e seus colega, de terem se apoderado de 750 milhões de euros destinados ao projecto de requalificação das obras do Sambizanga e Cazenga.
Por Paulo Alves | Club-k.net
Fez levantamento deste dinheiro três vezes,
o que preforma a USD 3,15 bilhões
Segundo o construtor, tratou-se de uma garantia soberana que o então Presidente José Eduardo dos Santos, autorizou em Agosto de 2010, - em favor da JEOSAT - para construção de habitação barata e rápida e requalificar as zonas urbana de Luanda. Os fundos ficaram alocados no extinto banco BESA (agora Banco Economico), detido pelos generais Manuel Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento.
De acordo com as explicações de Carlos Martins Rodrigues , os colaboradores do antigo Chefe de Estado apoderaramm-se da garantia soberana dos 750 milhões de euros e fizeram levantamento deste dinheiro três vezes, o que preforma a 3,15 bilhões de dólares.
Rodrigues cita os generais “Kopelipa”, Fragoso do Nascimento “Dino” e José Filomeno dos Santos como figuras que se apoderaram dos fundos que seriam para a sua empresa, razão pela qual, os dois citados municípios de Luanda nunca foram objectos de qualificação.
Ainda segundo as suas acusações, a operação (de usurpação indevida dos fundos) foi autorizada pelo então ministro de Estado e Chefe da Casa Civil, Carlos Maria Feijó, que na altura era igualmente responsável pelos pagamentos das dívidas do Estado, no governo.
Carlos Martins Rodrigues, revelou ainda que o ministro das finanças Carlos Lopes, na altura, agora no Fundo Soberano terá faltado com a verdade alegando que a garantia soberana foi revogada/anulada por José Eduardo dos Santos, quando na verdade estava a ser levantada várias vezes (3 vezes) pelo grupo de colaboradores do antigo Presidente.
O empresário disse ainda que na altura recorreu a Procuradoria Geral da República, para fazer queixa de que os fundos para a sua empresa estavam a ser usados por terceiros mas sem sucesso porque o seu então titular da PGR, general João Maria de Sousa, arquivou e escondeu o processo crime, sem nunca ter dado resposta. Por conseguinte, Carlos Rodrigues, acusa o ex-PGR de ser corrupto desafiando-o a irem a tribunal para que possa provar no que esta a falar, em fórum judicial.
“Não entendemos porque que o PGR cessante se sente ofendido quando lhe chamam de corrupto, ele só não foi corrupto como legalizava a corrupção. No nosso processo, a muito tempo que estou a lhe convidar para ir a tribunal e ele parece que não esta muito interessado”, disse o empresário da Jeosat.
Segundo o mesmo “estou documentado para lhe chamar corrupto em tribunal”, porque no seu ponto de vista a PGR “era instituiç
ão que deveria defender os interesses do Estado e dos cidadãos. Nem sequer se dignou a abrir um processo crime.”
O empresário apelou as instituições como SIC, SINSE a investigarem as ligações do Ex-PGR com Álvaro Sobrinho e BESA.
Fez também reparos ao antigo Presidente Eduardo dos Santos revelando que comunicou sobre o roubo milionário mas este não soube agir.
“A sua inação perante o documento que tinha foi nos preocupando. Não tomou atitude de Estadista, nem se indagou do que estava a passar com o documento”, revelou Carlos Rodrigues acrescentando que ele e os seus colegas da JEOSAT “foram enganados pelo Presidente cessante”

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