A procura pelo RMB tem aumen- tado nos últimos anos, devido ao crescimento económico da China, de quase ou acima de dois dígitos por ano, sobretudo antes da guerra comercial com os EUA. A pujança económica do gigante asiático foi determinante para fortalecer o RMB diante do dólar .
Outra razão para o avanço da moeda chinesa resultado do esforço das autoridades financeiras de Pequim em estabelecer acordos com alguns países para que o RMB seja o
meio de pagamento nas transacções internacionais.
A China pagou em RMB um quarto das últimas importações e designou bancos de compensação e linhas de Swap para o exterior, inclusive em Nova Iorque.
A Coreia do Sul, a Polónia e a Hungria começaram a emitir dívida soberana em RMB, e até o Bundesbank (Alemanha), vinculado à tradição, anunciou planos de in- cluir o renminbi nas moedas de reservas.
Nesta cartada, muito recente- mente o Banco Central da China (PBOC) lançou um programa teste para uso do renmimbi digital (RMB)em Shenzhen, Suzhou, Xion-gane Chengdu do com recurso sacrip-to moedas. Inicialmente, os funcionários públicos destas cida- des passarão a receber salários na moeda virtual.
Tais factos são suficientes para que o RMB destrone a liderança económica do USD? Acredita-se que não! Para que tal aconteça, a China terá de implementar refor- mas económicas e políticas mais profundas.
Fisioterapia ao domicílio com a doctora Odeth Muenho, liga agora e faça o seu agendamento, 923593879 ou 923328762
Entretanto, o grande handicap político para recear da moeda chinesa é o facto de estar apoiada num governo autoritário e anti-demo- crático, o que propicia pouco con- trolo sobre os líderes chineses, de tal forma que pode despoletar ins- tabilidade decorrente das lideranças unipessoais.
Dados da Eichengreen e Xia apontam o dólar norte-americano comomaisprocuradopelomundo, independentemente do período recessivo actual. A título de exem- plo, cerca de 59,1% de todos finan- ciamentos no mundo ainda são concedidos em dólar, o que mostra a segurança, a garantia e a confian- ça que estão ancoroadas à moeda da maior economia mundial.
Fraco peso no crédito. Quanto à China, embora represente cerca de 12% do PIB global e do comércio, o RMB representa apenas cerca de 2% das concessões de crédito no mundo, muito abaixo do euro e da libra esterlina.
Quanto à circulação da moeda no sistema financeiro internacional, cerca de 43,8% ocorrem na moeda norte-america e apenas 2% na chi- nesa (ver gráfico).
Apesar de biliões de dólares em dívidas externas e de grandes gas- tos, com défices contínuos, os EUA ainda mantêm a confiança global e a capacidade de pagar as obrigações, pelo que a moeda continua a ser a mais forte.
Contudo, a história mostra que nenhum país ou economia pode permanecer dominante para sem- pre,eessamudança,às vezes ,ocorre rapidamente ,com ó recuou o dólar a substituir a libra no início do século XX.
Mas s a história também mostra que o mundo pode viver conforta- velmente com mais de uma moeda dominante, o que implica que o euro, o renminbi ou mesmo o yen japonês possam dividir o palco com o dólar nas próximas décadas.
Quanto ao RMB, também pode tornar-se num porto seguro em
tempos de crise, como tem sido a moeda norte-americana nos dife- rentes ciclos de contracção econó- mica mundial. Para o efeito, a moeda deve ganhar cada vez mais espaço no sistema monetário internacional.
Isto implica que a China terá de estreitar laços com as duas gran- des instituições mutilarias, Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial, no sentido de disponibilizar créditos por via da sua moeda.
Adicionalmente, vai precisar do apoio de mercados financeiros líquidos, que podem levar décadas para se desenvolver, mesmo que a economia chinesa continue a crescer sem interrupções nos próxi- mos tempos.
Por: Hernani Luís Pena( Jornal Mercado)
Saiba mais sobre este assunto, clicando neste link https://youtu.be/vnZGHtNCpXE
0 Comentários