8 para o PR, 2 para a juventude e 10 para a iniciativa- Carlos Alberto

Hoje ficou claro que o SINSE (Serviço de Informações e Segurança do Estado) sabotou, mais uma vez, o encontro do Presidente da República com os líderes de associações juvenis. Aliás, quando se trata de fracassos da oposição, todo o mundo já sabe que a culpa é do SINSE.

O SINSE, que sempre andou atrás dos "revus" e dos líderes da oposição, que até tentou matar o deputado da UNITA Nelito Da Costa Ekuikui para impedir a manifestação do dia 24 de Outubro, foi o grande responsável do fiasco que aconteceu nesta quinta-feira no Centro de Convenções de Talatona.

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O SINSE deve ter trocado os discursos dos líderes da oposição, deve ter apontado uma arma à cabeça dos "revus", antes do encontro, para que não mostrassem a grande capacidade intelectual que têm, para substituir o MPLA no poder em 2022.

Mas o SINSE, sublinha-se, não trocou o discurso de João Lourenço.

O Presidente da República teve hoje, quanto a mim, a sua melhor actuação no contacto interactivo com a juventude e não só.

De forma pragmática, com um discurso pedagógico e descontraído, João Lourenço não usou um discurso politicamente correcto dos políticos. Pelo contrário, "violou" regras do encontro para permitir que fosse criticado mais tempo que o acordado, demonstrando publicamente ter um domínio sólido do "Estado da Nação" em todos os níveis, o que também lhe permitiu responder, com naturalidade, às questões mais problemáticas como a data das eleições autárquicas, o alto nível de desemprego e tumultos que acabam em mortes em manifestações.

Se dúvidas da honestidade intelectual de João Lourenço houvessem, hoje o Presidente da República marcou um grande golo para a sua reeleição em 2022, pelo menos aqui em Luanda, de acordo com a minha observação.

De 0 a 10, dou 8 valores ao desempenho do Presidente da República João Lourenço.

Dou 10 valores à iniciativa do encontro e 2 valores à juventude, que não esteve à altura do encontro, ficando muito abaixo das expectativas, de uma forma geral, por não ter sabido expor sugestões concretas como alternativas para o país.

Os "revus" foram uma grande decepção. Da internet, afinal, não passam.

Perdeu-se muito tempo em introduções e preâmbulos desnecessários, com um fraco nível de português e pouca capacidade de síntese, quando podiam aproveitar o momento para mostrar que a juventude deste país tem ideias concretas e não critica só por criticar.

Mas a culpa do fraco desempenho dos líderes juvenis da oposição, principalmente, salvo o da CASA-CE que esteve melhor que os seus homólogos, é do SINSE, que sempre luta para os matar, para que não consigam mostrar as suas brilhantes ideias ao país.