"Máfia da madeira" provoca fogo cruzado entre governador do Cuando Cubango e dirigente do MPLA



Governador Júlio Bessa diz que nacionais e cidadãos de países asiáticos controlam a "máfia" mas Francisco Pinto Chikoti, dirigente do MPLA, responsabiliza o Governo local.


O governador da província angolana do Cuando Cubango, Júlio Bessa, disse na terça-feira, 21, existir uma máfia na exploração da madeira, que envolve cidadãos nacionais e de origem asiática.



Citado pela rádio pública, RNA, o governante afirmou que está instalada na região “uma máfia na madeira, que está muito ramificada e que passa por nós angolanos e vai terminar em pessoas oriundas da Ásia e não se sente aqui uma vontade de organização”.




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Em reacção às declarações do governador, o dirigente local do MPLA, Francisco Pinto Chikoti, aponta o dedo ao Governo provincial a quem acusa de ser o “ principal promotor” do fenómeno.


“É conversa para boi dormir”, afirma Chikoti, conhecido pela maneira frontal como critica a governação de Júlio Bessa.


Aquele membro do Comité Provincial do partido no poder diz que a "máfia"  integra altos responsáveis do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF), afecto ao Ministério da Agricultura, “que passam licenças às elites locais que, por sua vez, as vendem a estrangeiros”.


“Os chineses pagam os sobas, cortam a madeira e levam”, acusa.


Francisco Chikoti revela que o IDF é também o departamento governamental responsável pela legalização e permissão de saída da província da madeira explorada ilegalmente.


Por seu lado, o governador do Cuando Cubango acrescenta que sempre que as autoridades tomam uma medida, "algumas vozes vão se levantando, no sentido de contrariar”.


“Mas o que nós temos dito é que não nos assusta, não estou com receio dessas pessoas, eu tenho sido uma pessoa muito aberta, tenho reunido frequentemente com os parceiros, com a associação dos madeireiros e temos tipo uma abertura total neste sentido”, sublinha.


Júlio Bessa conclui que “as ideias são claras” e tem defendido que à semelhança do sector petrolífero é preciso dar concessões.


VOA



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