Regresso de JES a Luanda já está a destapar carecas: Ismael Diogo está em Angola e ainda não devolveu os 25 milhões de dólares que ele se comprometeu a entregar quando foi solto



Como era de esperar, a volta de José Eduardo dos Santos ao país, além de bastante ansiada, seria motivo para se criarem diversos cenários e especulações, sobretudo no sentido de se conhecer qual será o posicionamento do antigo líder face à governação do país.


Ao suceder José Eduardo dos Santos (JES), o Presidente João Lourenço garantiu para Angola e o mundo que o “combate à corrupção e conexos” seria a bandeira da sua governação para “melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”.


Porém, quase no fim do mandato, pode-se dizer que a “montanha pariu um rato” atendendo ao que (não) tem sido feito em relação ao prometido e mui badalado combate à corrupção em Angola que, por razões mais que óbvias, tem sido considerado como selectivo, revanchista, político e com alvos definidos, sendo os filhos e gente próxima do antigo Presidente os mais visados, enquanto, entre uns e outros, há protegidos e até “condenações de faz de contas”!




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Na recepção a José Eduardo dos Santos no aeroporto internacional de Luanda, segundo notícias, entre as diversas individualidades ali presentes, estava Ismael Diogo da Silva.


As reacções, em princípio de espanto e estupefacção, a que se seguiu algum agastamento, não se fizeram esperar, atendendo que Ismael Diogo da Silva é considerado um fugitivo da Justiça em Angola que durante algum tempo era dado “em parte incerta”, até que há dias foi revelado que o antigo presidente da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), Ismael Diogo da Silva, encontra-se a viver na República Federal do Brasil, desde o início do ano em curso, 2021, país em que é proprietário de vários imóveis.


Ismael Diogo da Silva é considerado como um dos maiores malandros e um dos mafiosos que atiraram o país para a miséria em proveito próprio, tendo realizado diversas actividades pouco claras e lesivas ao Estado, sendo um fugitivo da Justiça angolana.


Como se sabe e tem sido exaustivamente noticiado, Ismael Diogo, mesmo sob TIR (Termo de Identidade e Residência), fugiu do país, mas o seu caso tem sido ofuscado, em meio a outros tantos, de muitos outros trapaceiros, que se ausentaram do país apesar das medidas de coacção e de processos judiciais que deveriam correr os seus trâmites, levantando assim sérias suspeitas sobre o sistema de justiça angolano.


Segundo notícias postas a circular no exterior do país, Ismael Diogo chegou ao Brasil em Janeiro de 2021 e, desde então, não tem colocado os pés fora da sua luxuosa residência, ao mesmo tempo que, com ajuda de uma filha, gere e vende normalmente os seus bens.


Citando as referidas notícias, o homem, um dos que afundou Angola na miséria, está a viver como um “rei” no Brasil, concretamente no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, Avenida das Américas, 2300 A, casa 55, onde tem muitos bens com os milhões roubados e branqueados pelas suas “empresas fantasmas” naquele país, das quais, a empresa mãe se chama “Atlantic Serviços e Consultoria Empresarial Eireli”.


Destaca-se que, por mandato da Procuradoria-Geral da República (PGR), “foi detido em 2018 e, enquanto prosseguiam as investigações, foi submetido ao Termo de Identidade e Residência”, sendo que, tempos depois nada mais se soube do caso, nem do seu paradeiro.


Antes da sua fuga para o estrangeiro, de acordo com notícias que circularam então, o também ex-diplomata, ter-se-á comprometido em devolver ao Estado  25 milhões de dólares surripiados ao erário público (uma gota de água no somatório de quanto roubou), antes de ter sido libertado sob TIR, mediante pagamento de uma fiança.


Porém, dias depois, o homem esfumou-se e, dos 25 milhões de dólares, nem a PGR, nem as demais autoridades, tugiram ou mugiram. Especula-se que parte daquele valor serviu para “comprar” a “passagem” que o fez sair do país, ou seja, por outras palavras, foi o preço que pagou para subornar alguns elementos da PGR,  entre outros, que engendraram a sua fuga e arquivaram os seus processos.


Agora, para surpresa geral, o homem é visto em Luanda, na maior das calmas, como se nada houvesse e as autoridades não dão qualquer explicação ao público, numa atitude de omissão e desrespeito à sociedade.


José Eduardo dos Santos regressa ao país num contexto em que o MPLA está em ebulição e João Lourenço ainda não conseguiu “dobrar” o “cabo das tormentas” da crise económica, pelo que qualquer intervenção pública que faça terá um enorme impacto que, atendendo a proximidade das eleições gerais que se irão disputar em 2022, podem ser proveitosas para os camaradas se souberem aproveitar a deixa.


Tem sido referido em análises que o regresso de JES é fundamental “para ultrapassar os diferendos políticos e judiciais que opõem o ‘clã Dos Santos’ a João Lourenço, este enquanto personificação do Estado”.


Ainda em relação a Ismael Diogo da Silva, a Procuradoria – Geral da República deve explicações correctas ao povo angolano e à opinião pública em geral!!

Jornal 24 Horas 



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