Muita coisa em comum entre João Lourenço e Filipe Nyusi- Graça Campos



Não são apenas as dificuldades com a língua portuguesa que fazem de João Lourenço e Filipe Nyusi quase “irmãos gémeos”.

Às dificuldades com o português, mais acentuadas no moçambicano, junta-se outro traço comum: ambos foram ministros da Defesa antes de chegarem ao cume. 

Filipe Nyusi dirigiu a pasta da Defesa de Moçambique entre 2008 e 20014, ano em que foi eleito Presidente de Moçambique.

João Lourenço foi ministro da Defesa de Angola de 2014 a 2017, ano em que foi eleito Presidente de Angola.



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Em março de 2017, Nyusi já era Presidente de Moçambique quando João Lourenço, candidato do MPLA a Presidente nas eleições de Agosto desse mesmo ano, foi a Maputo tipificar como malandros os adversários da FRELIMO e do MPLA.

“A nossa força está na nossa unidade. Se nós não formos unidos, os malandros vão-nos vencer. Porque os malandros são unidos. Quer os de dentro, quer os de fora, eles são unidos. São unidos e não dormem, andam todos a pensar na forma como derrubar a FRELIMO, como derrubar o MPLA”, pregou o então candidato angolano.

Nos Estados Unidos, onde ambos se deslocaram a convite do Presidente Joe Biden para a cimeira EUA-África, Nyusi e João Lourenço revelaram outra afinidade: a forma como se sentam mostra que ambos não frequentaram aulas de etiqueta.  

Num fórum com repercussão mundial, os presidentes de Moçambique e de Angola sentam-se como se estivessem nos quintais das respectivas casas...

Mas, não é apenas a trajectória política, o conflito com a língua portuguesa e os maus modos que unem os dois homens.

Tanto em Moçambique como em Angola, os actuais Presidentes da República manobram para introduzir nas respectivas Constituições alterações que acomodem o prolongamento dos seus mandatos.

Tanto em Maputo como em Luanda, o assunto político dominante é o terceiro mandato que Nyusi e João Lourenço pregam, por enquanto através de bocas de aluguel.

Filipe Nyusi chegou a Presidente de Moçambique pela “mão” de Armando “Business” Guebuza; João Lourenço franqueou o palácio da Cidade Alta “ciceronado” por José Eduardo dos Santos.

Ambos, Guebuza e JES acreditaram que Nyusi e JL se contentariam com a condição de fiéis de armazém. “Lascaram-se”, como diriam os brasileiros. Nyusi e JL não se conformaram com a condição de fiéis: tomaram mesmo a propriedade dos armazéns... 

Na foto, publicada na página do CIPRA, João Lourenço é o primeiro à esquerda e Nyusi o terceiro. Vê-se que o homem ao meio passou pela escola das boas maneiras.




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