Os pecados do doctor Eugénio Neto dono da LS Produções um dos maiores guloso do bem público no tempo de José Eduardo dos Santos



Num momento em que o nome de Manuel Vicente, antigo PCA da Sonangol e também antigo vice – Presidente da República, volta a ser manchete por crimes de que é acusado e pelas manobras que têm sido efectuadas para o proteger, um dos seus comparsas, Eugénio Neto, dono da LS Produções, também volta a ser posto em causa quanto ao “ofuscamento” a que está votado

Eugénio Neto, dono da LS Produções e antigo vice-presidente da Escom, consta, entre outros embusteiros, em um relatório de sete mil páginas que discrimina os esquemas maléficos, bem como todas as contas bancárias, bens e participações empresariais de dezenas de cidadãos angolanos que delapidaram o erário público

Sobre Eugénio Neto muito se tem dito, mas muito mais anda escondido nos bastidores da podridão que encobre as elites do e no poder em Angola.


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Nos últimos dias, diversas notícias têm apontado o dito empresário pelo seu envolvimento em distintas “máfias” que dilaceraram seriamente a economia angolana, aliado a Manuel Vicente, seu antigo comparsa no esbulho das riquezas do Estado angolano.

Quando Eugénio Neto era vice-presidente da Espírito Santo Comercial (ESCOM), do malfadado Grupo Espírito Santo (GES), que detinha 56 por cento do capital do Banco Espírito Santo Angola (BESA), a amizade de ambos ganhou maior impacto.

Manuel Vicente, que fazia parte de um triunvirato, com os generais Hélder Vieira Dias “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, todos, amigos e coniventes do grande traficante chinês Sam Pa, que também se associou à ESCOM, cruzava interesses económicos do Estado com o GES no então BESA (actualmente transformado em Banco Económico), do qual era sócio.

Conforme descrito em processos criminais e narrados pela comunicação social, o triunvirato de “piratas”, num esquema monstruoso, entregou a Sam Pa o domínio da relação entre Angola e a China, assim como os biliões de dólares de financiamentos geridos “mafiosamente” pelo Gabinete de Reconstrução Nacional (GNR), supostamente para a recuperação das infraestruturas destruídas durante a guerra.

Consta que os contactos iniciais para o efeito haviam sido promovidos pelo então presidente da ESCOM, Hélder Bataglia, e o traficante internacional de armas Pierre Falcone, do famoso caso “Angolagate”, tendo Eugénio Neto feito parte da delegação inicial.

Assim sendo, Manuel Vicente, como PCA da Sonangol, passou a ser a figura-chave na relação com a China e, através deste esquema, garantia os pagamentos em petróleo, enquanto o general Kopelipa assumiu a direcção do GNR. Foi a altura da “maior festança” na pilhagem dos recursos do país.

Especialistas realçaram então que, como sempre, “nestes negócios de grande envergadura e muita opacidade, os esquemas são demasiado confusos e acabam sempre muito mal contados. Dificilmente um juiz chegará ao fundo da questão. Mas a verdade sobre o que é essencial acaba sempre por vir ao de cima”.

Nessa esteira, muitos dos esquemas corruptos de roubo praticados por diversos membros das elites no poder em Angola, desde a independência nacional, acabaram por ser revelados, assim como os seus autores. Um deles é sem dúvidas o antigo administrador da Escom e dono da LS Produções, Eugénio Neto.

O “mafioso” Eugénio Neto tem sido acusado de ser um dos maiores devedores do Banco Espírito Santo Angola (BESA) e que ajudou a levar aquela instituição bancária para a falência, tendo beneficiado de empréstimos do mesmo no valor de 1,5 mil milhões de dólares.

Porém, este tipo de embusteiros possuem diferentes tácticas para enganar tudo e todos, pelo que, em sua defesa, afirmou em comunicado, na altura, que a sua relação comercial com o banco se encontrava em fase de “contestação”, porque os montantes que têm sido referidos estavam “desfasados da realidade” e que a sua situação de incumprimento em relação ao BESA resultava da “contestação” que, entretanto, fez dos “juros cobrados pelo banco”.

Eugénio Neto afirmou ainda que as operações de crédito que fez com o BESA “estão suportadas por garantias reais, em regime hipotecário, antecipadamente avaliadas, em cada crédito contratado, por entidade idónea indicada pelo banco” e que o capital que lhe foi disponibilizado pelo BESA “está coberto” por essas garantias. Os valores que têm vindo a público estão “desfasados da realidade” (quer dizer que são muito superiores) e que a sua situação de incumprimento em relação ao banco resulta da “contestação” que, entretanto, fez dos “juros cobrados pelo banco”.

De acordo com as suas justificações, as operações de crédito que fez com o BESA “estão suportadas por garantias reais, em regime hipotecário, antecipadamente avaliadas, em cada crédito contratado, por entidade idónea indicada pelo banco” e que o capital que lhe foi disponibilizado pelo BESA “está coberto” por essas garantias. Contudo, não revelou o real montante da sua dívida.

O indivíduo, em relação à regularização da sua situação com o banco, referiu que “as duas partes decidiram proceder a uma revisão geral do processo” que estava em curso havia algum tempo, sem ter adiantado qualquer prazo para a sua conclusão.

O que é verdade é que o valor da dívida que voltou a ser apontado no âmbito do processo do Novo Banco é de 1,5 mil milhões de dólares.

Entretanto, sabe-se ainda que Eugénio Neto também recebeu do BESA, através da ESCOM, 500 milhões de dólares para financiar as elites no poder, nomeadamente dirigentes do MPLA que, actualmente, tudo fazem para o proteger. Desde 2014 que Eugénio Neto tem sido acusado de ser um dos maiores devedores do BESA e, através das suas falcatruas, ajudou a levar aquela instituição bancária para a falência, situação que acarretou enormes encargos e prejuízos ao Estado angolano.

Saliente-se que, posteriormente, a Procuradoria-Geral de Portugal, em função do processo que decorria naquele país, movido pelo Novo Banco, voltou a investigar a queda do Banco Espírito Santo Angola (BESA) para apurar as razões que levaram à criação de um “buraco” de mais de 6 mil milhões de dólares que, segundo notícias a que se teve acesso então, tal montante foi “transferido” para a seguradora nacional angolana ENSA que, por sua vez, não teve capacidade para suportar a dívida financeira, acabando o Estado angolano por assumir o compromisso.

De uma longa lista de indivíduos e supostas instituições que beneficiaram de créditos daquele banco, ou seja, que o roubaram, a maioria dos quais mantidos em anonimato, o nome do antigo administrador da Escom e dono da LS Produções, Eugénio Neto, é dos mais enfatizados.

Como grande parte dos membros das elites no poder, senão todos, participou na “festa” que desgraçou o país mas, mesmo no âmbito do propalado “combate à corrupção” e “recuperação de activos”, ninguém moveu uma palha, aliás, “quem tem rabo de palha” tem medo de “queimar o do outro” para que o fogo não alastre ao seu. Até agora a “culpa continua solteira”, será que vai morrer assim? É a questão que se põe e, ao que tudo indica, tanto este como outros acabarão em cinzas depois das eleições gerais.


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