Albina Assis e Sebastião Isata encabeçam a lista dos maiores devedores do BCI



O Banco de Comércio e Indústria (BCI) de Angola está enfrentando um grande desafio com o crédito malparado, e documentos confidenciais obtidos pelo O Telegrama revelam os maiores devedores da instituição. De acordo com esses documentos, cerca de 80% do crédito malparado do BCI está concentrado em apenas 20 entidades, incluindo algumas personalidades proeminentes no cenário político do país.


Entre os principais devedores destacam-se Albina Assis Africano, atual consultora do Presidente da República, e Sebastião Isata, ex-vice-ministro das Relações Exteriores e embaixador de carreira. A dívida reclamada pelo BCI a esses 20 clientes chega a aproximadamente 14 mil milhões de Kz, o equivalente a 16,3 milhões de USD.




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Essa quantia representa mais de 79% dos 17 mil milhões de Kz (20 milhões de USD) em empréstimos em incumprimento registrados pela instituição. Os relatórios financeiros de 2022 revelaram que a carteira de crédito total do BCI está avaliada em 50 mil milhões de Kz (61 milhões de USD), o que significa que os débitos dos 20 principais devedores representam cerca de 27% dos empréstimos concedidos pelo banco.


É importante ressaltar que grande parte do crédito vencido foi concedida cerca de duas décadas atrás, durante o período em que a gestão do BCI estava a cargo dos banqueiros Generoso Gaspar de Almeida e Filomeno da Costa Ceita, quando o banco ainda era estatal. Essa revelação lança luz sobre a gestão passada e levanta questionamentos sobre os procedimentos de concessão de crédito realizados na época.


O BCI está enfrentando agora o desafio de lidar com essas dívidas vencidas e buscar soluções para recuperar os valores devidos. A situação coloca em evidência a necessidade de uma análise mais rigorosa e eficiente dos riscos envolvidos na concessão de crédito, bem como de medidas para evitar a concentração excessiva de dívidas em determinados clientes.


O caso dos maiores devedores do BCI deve ser acompanhado de perto, uma vez que tem repercussões significativas no sistema financeiro angolano e na confiança dos investidores. A transparência e a responsabilização são fundamentais para que sejam tomadas medidas adequadas e para que o setor bancário possa se fortalecer e contribuir para o desenvolvimento econômico do país.


Texto original do jornal O Telegrama, editado pela redação do Lil Pasta News.

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