DISCURSO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO, NA CERIMÓNIA DE HOMENAGEM AOS CAMPEÕES MUNDIAIS E AFRICANOS EM DIFERENTES MODALIDADES



Excelências

Caros Campeões Mundiais Estimados Convidados

Angola não era ainda um país independente, mas já nessa altura jovens angolanos como Barceló de Carvalho Bonga e Rui Vieira Dias Rodrigues Mingas entre outros, se destacaram no desporto de alto rendimento em competições internacionais.

A boa semente estava lançada à terra, havia a necessidade apenas de regá-la, de cuidá-la com carinho e trabalho para garantir boas colheitas nos anos vindouros, o que efetivamente viría a acontecer.

É assim que mesmo naqueles difíceis anos em que Angola estava a ser consumida pelas chamas da guerra, os nossos valentes jovens souberam dignificar o bom nome do nosso país, conquistando importantes vitórias nas mais diferentes modalidades desportivas em campeonatos africanos, havendo mesmo modalidades onde fomos campeões africanos por mais de dez anos consecutivos.



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Hoje estamos aqui reunidos para homenagear os nossos campeões do mundo Rui Andrade, Heliane Caio, Osleny Thomas, e Yuri Valentin, assim como os vice-campeões do mundo Inelton Bombo, Ricardo Ximenes, Ruth Baltazar, Erik Rodrigo Banson, Helder Kennedi Manuel, que se notabilizaram nas modalidades de Automobilismo de Resistência LMP2, Ju-Jitsu, Fisiculturismo, Lutas e Artes Marciais Mistas.

Pela importância das conquistas alcançadas, entendemos convidar para testemunhar e honrar esta cerimónia de homenagem, para além de governantes, políticos e de alguns membros da sociedade civil, os dignos representantes da família do desporto angolano, as federações desportivas, as equipas técnicas das seleções, os campeões africanos que obviamente almejam vir a ser algum dia campeões mundiais e os familiares dos homenageados.

Os feitos que acabam de protagonizar, são um bom exemplo para a nossa juventude e para toda a sociedade angolana.

Vossas conquistas são uma mensagem clara a assinalar o caminho a seguir pelos jovens e angolanos no geral, uma mensagem que diz claramente que o caminho da glória, da superação e do sucesso, não depende do acaso, da sorte ou de se estar predestinado a vencer em qualquer esfera da vida, nos estudos, no trabalho, nos negócios, se não haver dedicação, sacrifício, perseverança, se não se tiver bem definidas e programadas as etapas e metas a alcançar, ou como na vossa linguagem desportiva se diz, se não suar a camisola.

Minhas Senhoras, Meus Senhores.

O desporto angolano pode estar melhor se trabalharmos e investirmos na massificação à nível dos bairros, das comunidades, onde precisamos de disseminar espaços e quadras desportivas também com a contribuição de organizações da sociedade civil e da classe empresarial no âmbito da sua responsabilidade social.


Temos a necessidade de repensar e reorganizar o desporto escolar e universitário, com a organização de competições entre as instituições escolares ao nível de municípios, províncias e nacional e torná-lo no viveiro do desporto federado.

É importante também prestarmos maior atenção ao desporto federado e à necessidade de o tornar auto-sustentado.

Vamos continuar a construir infraestruturas desportivas como estádios e pavilhões multiuso para a prática de diferentes modalidades num mesmo espaço. Estão a ser construídos os estádios do Huambo e do Uíge, assim como o centro de estágios para o desporto paraolímpico para diferentes modalidades, com alojamento e todos os equipamentos necessários na cidade de Caxito, com data prevista de entrega no próximo ano e a que se vai dar o nome do campeão José Sayovo aqui presente.

Hoje que temos o nosso primeiro campeão mundial no desporto motorizado o Rui Andrade, sentimos que o país carece de pistas de corrida para motos e de um verdadeiro autódromo de padrões internacionais para que os nossos jovens não vejam as corridas apenas pela televisão e se interessem por esta modalidade que afinal também está ao alcance dos angolanos.

Contudo, não basta construir infraestruturas desportivas se não conseguirmos encontrar o modelo certo para a sua gestão, manutenção e rentabilização. Não pode continuar a ser o Estado a fazer tudo para além do investimento inicial da sua construção, sob pena de continuarmos a assistir ao estado de degradação, de pouca e má utilização a que se encontram algumas das nossas principais infraestruturas desportivas, muitas delas com pouco mais de dez anos apenas.

Aos nossos campeões mundiais uma palavra, para dizer que Angola e os angolanos se sentem muito orgulhosos de ter os bons filhos que sóis, porque os vossos feitos são um valioso contributo na luta que a sociedade angolana leva a cabo na educação dos nossos jovens, na formação das suas personalidades, pela defesa dos valores da ética, do civismo e do patriotismo.

Muito Obrigado.


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