Os trabalhadores da LTI Logistics e Transportes Integrados, empresa de logística e transporte com sede em Luanda, entram em greve a partir de amanhã, 20 de novembro. A greve, que terá início às 6h da manhã, é motivada pela falta de reajuste salarial, segundo informou fonte, próxima a comissão sindical da empresa.
"Estamos a ganhar um salário base de 40.000 kwanzas, que não satisfaz o contexto económico actual", disse a fonte. "Temos os nossos contratos assinados no valor de USD 500, mas a empresa está a pagar-nos em kwanzas, o que significa que estamos a ser escravizados em pleno século XXI".
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Os trabalhadores da LTI dizem estar indignados com o comportamento da empresa, que não aceita negociar e os ameaça com a perda de emprego. "Estamos mesmo aflito", disse a fonte em carta enviada ao Club-K. "Os nossos filhos estão fora do sistema do ensino por falta de dinheiro de propinas, mas o pai trabalha todos os dias e a vida está sempre de mal a pior".
Gerida por Paulo Pinheiro, a empresa LTI pertence ao Grupo MPCP, no qual o general Manuel Vieira Dias "Kopelipa", é apontado como tendo interesses.
A greve terá lugar nas instalações da LTI, no município de Cacuaco, em Luanda. Camela pede o apoio da sociedade civil e das autoridades para que a empresa aceite negociar e reajustar os salários dos trabalhadores.
A LTI é uma empresa privada que presta serviços de logística e transporte a várias empresas angolanas. Tem cerca de 500 trabalhadores.
Club-K
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