Nas províncias de Luanda, Benguela, Namibe e Kwanza Sul, os cidadãos chineses, muitos em missão de serviço na área de construção de infra-estruturas públicas estão a promover a prostituição infantil contra as famílias angolanas vulneráveis.
Aos olhos da impunidade permitida pelas autoridades, os cidadãos chineses estão a aproveitar-se da situação de vulnerabilidade das famílias angolanas na baixa de Luanda e no interior dos municípios das províncias de Benguela, Namibe e Kwanza Sul para promover a prostituição infantil.
Os cidadãos chineses que chegam a pagar de 20.000 (vinte mil) a 60.000 (sessenta mil) Kwanzas para serviços de sexo, recorrem a adolescentes dos 15 aos 17 anos através de familiares e vizinhos que buscam por formas de minimizar os efeitos da miséria, além das redes organizadas de prostituição na baixa de Luanda.
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No bairro Lobito Velho, município do Lobito, província de Benguela, as adolescentes dos 11 aos 14 anos fazem a preferência de um grupo de cidadãos chineses já identificados pelas autoridades tradicionais e policiais.
Os cidadãos chineses no bairro Lobito Velho encontram facilidade porque algumas senhoras se oferecem no trabalho de recrutamento de meninas nas comunidades onde até as meninas grávidas não são poupadas.
15.000, 30.000 a 60.000 Kwanzas é quanto a rede de cidadãos chineses pagam às adolescentes por cada acto sexual, geralmente praticado sem o uso de preservativo.
Em denúncia à imprensa algumas mães na comunidade mostraram-se chocadas ao descobrir como e onde as filhas têm conseguido dinheiro.
“O que mais me chateou é que ela foi mais pela segunda vez. Quem te levou lá? Fomos lá porque a mana Jamba vinha mais nos chamar. O chinês nos pagou 60 mil kwanzas, a Quina só me deu lá 10 mil kwanzas. Compraste o que com o dinheiro? Ah não, comprei lá biquíni, colã e essa blusa”, disse a mãe da Niu, adolescente de 14 anos que já vive da troca de sexo pelo dinheiro dos chineses.
Uma outra mãe diz que só descobriu do envolvimento da filha adolescente na rede de prostituição depois de ter encontrado alguns medicamentos que os chineses obrigam as menores a usar antes do acto sexual para que não engravidem.
“Só vi veio com biquíni. Disse mamã joguei batota e ganhei sete mil kwanzas”, conta.
No município da Bibala, província do Namibe, as denúncias são iguais e as autoridades policiais nada fazem para combater o fenómeno que graça nas comunidades carentes da localidade.
Folha 8
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