Uma discutição sobre se os mestiços são privilegiados em Angola preencherá a grelha de assuntos a debater na edição deste sábado do «Conversas essenciais», a mesa-redonda da Rádio Essencial que está na moda, sob responsabilidade do «enfant terrible» Graça Campos, moderação do Teixeira Cândido e participação habitualmente residente do Evaristo Mulaza, David Boio e Paulo Inglês. O programa vai ao ar em directo das 10 às 13 horas, nos 96.1, em frequência modulada.
Em relação à questão, eu diria que claramente que sim. Os exemplos são aos milhares, praticamente conhecidos por todos. Algo na brincadeira, gosto de ressaltar o facto de ser dificílimo encontrá-los nos «postos de sofrimento» das forças armadas e da polícia nacional, assim como no martírio da zunga.
Tenho uma explicação simples para isso: em se tratando duma minoria, nasce muito naturalmente entre eles um sentimento de união e solidariedade para melhor se «defenderem» diante da maioria preta. É igual ao que se passa com concidadãos concentrados num dado país, como angolanos em Portugal ou chineses na América.
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«Eles se puxam», explica a vox populi. O poder económico, o peso político e os postos estratégicos que muitos membros desta minoria detêm fazem o resto.
Em resumo, esta é a minha opinião filosófica sobre o assunto.
Que em nada condiciona a minha relação pessoal com a malta desta «tribo». Desde criança que sempre andei com mulatos (ainda há dias contei a história do olho, em que estava com dois deles), alguns dos meus melhores amigos são mulatos, o meu padrinho de casamento é mulato, por sinal membro da família que me recolheu da inkanka nos anos 70, algo que não posso esquecer, o Zé Gato, meu companheiro das mil e uma noites, é mulato e se forçar um bocadinho diria mesmo que a minha senhora é mulata. Além de que gosto delas, falando minha verdade. Enfim.
Mas, nada que me impeça de os considerar privilegiados dum modo geral. E como não vou com tabus, sábado estarei na primeira fila da plateia do «Conversas essenciais», que vai certamente registar a pior interferência de todos os tempos do Big Brother , lhe desconfio com ele.
Salas Neto
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