A contestação interna a JOÃO LOURENÇO (JL), está a aumentar de intensidade por efeito directo de factores que competentes análises da situação identificam como 0 seu alargamento a novos "motivos", bem como a uma consolidação da ideia de que a presente impopularidade do partido, à qual o próprio e as suas políticas não são estranhas, tendem a "ensombrar" o futuro do regime.
Entre OS novos "motivos" da contestação a JL, ou a exacerbação de outros até agora latentes, avultam os seguintes:
Corrupção no Estado;
Eleições autárquicas;
- Radicalização política.
O inesperado adiamento de uma reunião do Comité Central (CC) do MPLA, que esteve marcada para 10.ABR, terá sido devida a advertências do principal responsável do aparelho de segurança, FERNANDO MIALA (FM) baseadas em avaliações segundo as quais o ambiente interno no referido órgão não se apresentava propício à discussão/aprovação de propostas de JL, entre as quais uma, de alteração dos estatutos do partido.
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Do rol das referidas alterações fazia parte uma "percepcionada" como destinando-se a permitir a JL apresentar-se a uma nova eleição presidencial. A intenção atribuída a JL de prolongar 0 seu consulado presidencial para além de 2027, removendo para isso uma disposição da constituição, passa por ser a principal fonte da contestação que lhe é movida internamente.
É corrente em meios do regime e da sociedade que a actual corrupção no Estado é de grandeza equivalente ou superior à verificada na fase final do período do anterior PR, JOSÉ EDUARDO dos SANTOS (JES), mas com a agravante de aproveitar interesses económicos geralmente conotados com JL, em escala mais larga do que acontecia com o seu antecessor em relação a figuras do regime que favorecia.
O relatório recente de uma agência norte-americana, USTR, de acordo com o qual Angola continua a ser afectada pela corrupção e é excessivo o recurso à modalidade do ajuste directo na contratação pública, fez aumentar as atenções no tema da corrupção. Grupos empresariais nos quais se considera que JL tem interesses, em particular a Omatapalo, estão entre os principais beneficiários dos ajustes directos. Os relatórios da USTR baseiam-se em dados oriundos das representações comerciais das norte-americanas. embaixadas
A corrupção no regime de JLé considerada "particularmente condenável" por razões entre as quais os seus críticos internos até incluem a "imoralidade" de coincidir temporalmente um período de "vacas magras". Outras:
Contribui para o desincentivo do investimento externo, ο investimento externo é vital para retirar o país da crise económica em que se encontra.
É uma negação de recorrentes pronunciamentos públicos de JL segundo os quais a corrupção está em declínio; 0 combate à corrupção constituiu uma das suas principais promessas eleitorais.
Os grupos económicos que mais beneficiam da contratação por ajuste directo, apresentam-se robustos e prósperos, ao contrário das dificuldades por que as empresas, em geral, estão a passar devido ao mau estado da economia nacional.
A "percepção", muito generalizada na sociedade e na população, de que o regime se furta à realização de eleições autárquicas é considerada críticos internos de JL pelos como "duplamente negativa"; consideram que denota fraqueza ou falta de confiança e que "atenta" contra naturais anseios da população, entre OS quais 0 da preferência por eleitos locais, por si escolhidos, para o governo dos seus centros populacionais.
A aparente falta de vontade política do regime de proceder à realização de eleições autárquicas por receio de vir a sofrer perdas consideráveis, tornou-se ainda mais embaraçosa depois de uma tomada de posição da UNITA no sentido de se dispor a apoiar candidatos propostos pelas populações independentemente partidários de cada um. locais, dos vínculos.
A chamada radicalização do regime é vista como "contraproducente" não apenas por contrariar uma evolução da sociedade, em curso, no sentido de uma maior abertura cívica e política, como por se considerar que a mesma é reflexo de "entendimentos" atribuídos a JL e a figuras do seu círculo, incluindo FM, de acordo com os quais o vencimento do propósito do "terceiro mandato" poderá, em determinadas circunstâncias, ser facilitado pela criação de um clima de tensões políticas e outras.
A referida radicalização, notada na linha seguida pela comunicação social controlada pelo regime ou em políticas de "abafamento" de meios independentes da sociedade, entre os quais as ONG’s, alargou-se nas últimas semanas a manifestações de violência ou de exclusão contra a UNITA que a pró pria e a sociedade, incluindo a Igreja Cató lica, consideram de “intolerâ ncia polı́tica” ou de “intimidação”.
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