Consulado de Angola em Toronto não faz jus ao seu Objecto Social: Cazucuta dança no MIREX - Jorge Eurico

 


Vem aí o Conselho Consultivo do Ministério das Relações Exteriores (MIREX). Será mais uma daquelas reuniões enfandonhas. Despesista e inconclusiva. Vai ter o condão de resolver nada para manter tudo como está. Ficar-se-á com a impressão de que vão imprimir alguma mudança na vida diplomática do País. Mas não. Não vai passar de um truque de ilusão óptica. As recomendações e conclusões do Conselho Consultivo que se avizinha servirão para nada. De “letras mortas” não vão passar. As conclusões e recomendações serão esquecidas no fundo escuro de uma gaveta qualquer do MIREX.

O intrigante é que ninguém diz a verdade ao Presidente da República. Nem mesmo o SIE. Omitem, por exemplo, que o MIREX é o departamento ministerial do Executivo onde há mais falta de autoridade. Onde reina o “cambalacho”. Onde o assédio moral e sexual estão na ordem do dia. Onde a prostituição tem vez e influência. Ninguém diz, verbis gratia, a João Lourenço que a falta de autoridade e carisma de Tete Antônio está na ordem do dia no MIREX. As desautorizações entre funcionários das áreas geoestratégicas são o “pão -deles- de cada-dia”. O chefe de Estado ainda não se apercebeu que o MIREX é a “porcalhota” do seu Executivo.



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João Lourenço está (?) alheio à bandidagem e escândalos que acontecem nas missões diplomáticas angolanas espalhadas pelo mundo. O SIE omite. Não reporta. Só reporta sobre quem tece críticas à (má) governação. Isto é por demais consabido. Mas que há bandidagem, lá isso há! Que há marosca, também! Que há corrupção, há! E, esta, anda ao ritmo da kizomba da madrugada de sábado. Ninguém pára a cazucuta no MIREX. Aquilo é cazucuta a sério. Só falta Virgílio Fire de microfone em punho a incentivar a direção do MIREX e os seus funcionários a dançarem mais e melhor a cazucuta. Só o Palácio Presidecial ignora. Não ouve. Ou faz que não ouve. Nem vê. O Palácio Presidencial faz que não sabe dos “envelopes” recheados de dólares ou euros que cônsules e embaixadores mandam para o MIREX, de modo a inibir que o ministro os (re) mova ou exonere dos postos diplomáticos que ocupam. É corrupção da grossa. Ninguém diz a João Lourenço que há postos diplomáticos que são ocupados por filhos ou parentes de membros de proa do partido ou mesmo de diplomatas em funções mesmo sem terem qualificações para tal.


O inspector Geral do Ministério das Relações Exteriores chega nos próximos dias a Nova York. Vai passar por Houston e por fim pelo Canadá. Vai ter pequeno-almoço, almoço e jantar. Vai ter cama e mesa às custas de todos nós. Depois de refastelado, decerto que vai omitir a informação segundo a qual a comunidade já manifestou o seu desagrado face à falta de serventia do consulado de Angola em Toronto, Ontário - Canadá.

O consulado de Angola em Toronto tem as portas abertas para canadiano ver. Apenas isso. Tem o ordenado dos seus funcionários em dia. Mas não faz jus ao seu Objecto Social. Pois como ia dizendo, o inspector do MIREX vai ser acomodado nos melhores hotéis. Vai ter boas vitualhas à mesa e bom vinho. No final da inspeção não vai faltar o competente envelope e o desejo de bom regresso a Luanda. Chegado à capital angolana vai dizer, no seu relatório, que está tudo bem nas missões diplomáticas por que passou. Que tudo o que se diz não passa de falatório da oposição política.


Não vai dizer, por exemplo, que o cônsul de Angola em Toronto não respeita o embaixador plenipotenciário de Angola em Washington, sob a alegação de que também é embaixador e depende apenas de Luanda e de mais ninguém. Vai omitir que o cônsul de Angola em Toronto põe “barra” às orientações/directivas do embaixador de Angola na capital norte-americana por considerá-lo um “puto”. Isso não vai dizer. Isso não vai chegar aos ouvidos de João Lourenço.

O MIREX precisa de uma liderança carismática com uma visão e missão claras. Todo mundo sabe que o Presidente da República já sabe que Antônio Tete anda “descompassado” e não atira nenhuma para “caixa”. João Lourenço não pode continuar a dar uma de “João-Sem- Braço”(leia-se desentendido) pelo facto de Tete Antônio ser o seu “pajem” preferido para segurar a sua gabardine quando em viagem de serviço no estrangeiro. O MIREX precisa sim de um “serviçal”. Mas que esteja ao serviço do Estado angolano. Agora que adule o chefe de Estado transportando a sua gabardine casaco? Isto não! Não mesmo!

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