A redução significativa de sondas em Angola é um dos elementos que tem provocado “falta de investimento no sector petrolífero”, admitiu esta Segunda-feira, 05, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), Diamantino Azevedo.
“Se não fizéssemos investimentos necessários, nós teríamos este quadro, veríamos então a redução da nossa produção, que iria muito abaixo de 1 milhão de barris e verificaríamos esse fenómeno já no fim do mandato passado”, disse.
Olhando para o quadro preocupante do sector petrolífero, detalhou, uma semana após o Presidente da República, João Lourenço, ter iniciado o seu mandato, as empresas internacionais operadores do sector em Angola pediram uma audiência e apresentaram as suas questões relativamente à situação da indústria de petróleo no país.
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“Isso obrigou-nos também a reflectir mais sobre estas medidas e vimos que os desafios eram esses, alguma revisão ao quadro fiscal e contratual, aprovação útil dos orçamentos e contratos para manter a operacionalidade dos projectos, cumprimento dos compromissos e obrigações financeiras, clarificação das responsabilidades e funções das concessionarias e operadores e melhor colaboração intergovernamental com a indústria”, precisou Diamantino Azevedo.
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás anunciou, por outro lado, que estão a finalizar o Plano Directório do Gás, que, brevemente, vai ser submetido à consulta pública.
“É uma estratégia do Executivo para a exploração, tratamento, produção e distribuição de gás no nosso país”, frisou, informando ainda que está prevista a construção de uma fábrica de botija de gás, sem avançar mais detalhes.
“É um projecto grandioso”, assegurou o ministro durante a sua intervenção na 1ª edição da “Conversas Economia 100 Makas”, iniciativa do jornalista e economista angolano, Carlos Rosado de Carvalho.
Segundo Diamantino Azevedo, a descarbonização e a transição energética não será encarada como uma agenda política, tendo reforçado que o país está a tomar todas as medidas para que o petróleo seja produzido sem emissões de gases de feito estufa.
Ainda assim, o ministro angolano avisou que o país tem necessidade de produzir petróleo (…).
Forbes África
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