Fernando Garcia Miala, chefe dos serviços de inteligência de Angola, foi orientado pelo Presidente João Lourenço para coordenar a interação com uma equipa da Casa Branca nos preparativos da visita do Presidente dos EUA, Joe Biden, a Luanda, prevista para outubro.
Embora ainda não tenha havido um anúncio oficial dos dois governos, uma equipa de 40 agentes de segurança norte-americanos chegou a Luanda no dia 15 de setembro, tendo de seguida se reunido com o general Miala para discutir a avaliação de riscos e inspecionar os locais onde o Presidente Biden ficará hospedado.
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Na tarde de sexta-feira, 20 de setembro, um avião militar norte-americano pousou no novo Aeroporto de Luanda (Dr. António Agostinho Neto), trazendo veículos protocolares e equipamentos de suporte. Parte da equipe que vai chegando encontra-se instalada no hotel Intercontinental em Luanda, que está ocupado há mais de três semanas para acomodar os funcionários dos serviços secretos dos EUA. Atualmente, encontram-se neste hotel cerca de 100 elementos americanos.
Outro grupo de reforço do Serviço Secreto dos EUA deve chegar a Luanda em breve para trabalhar com as forças de segurança locais, garantindo a proteção de Biden. As medidas de segurança incluem rotas de escolta, bloqueios de ruas e planejamento de emergência.
Esta será a primeira visita de Biden a África como Presidente dos Estados Unidos. A viagem está agendada entre 10 e 15 de outubro, sendo Berlim o primeiro destino, seguido de Angola. Biden deverá chegar a Luanda à tarde, onde passará a noite, e no dia seguinte dará seguimento à sua agenda de trabalho.
No dia 15, o anfitrião João Lourenço apresentará o discurso sobre o Estado da Nação no parlamento. No entanto, o Club-K ainda não conseguiu confirmar se Joe Biden será um dos convidados.
Ao contrário da equipa de avançada, hospedada no Hotel Intercontinental, Biden deverá ficar na Cidade Alta. Na semana passada, o general Miala levou uma equipa de segurança dos EUA para inspecionar os aposentos onde o presidente americano ficará.
A visita de Biden, que ocorre no fim de seu mandato, resulta de um convite feito por João Lourenço durante uma visita à Casa Branca. A viagem também se insere no contexto da celebração da reabilitação da linha férrea do Corredor do Lobito. A visita de Biden estava prevista para o ano anterior, mas foi adiada devido ao conflito em Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores de Angola ainda não foi envolvido no planeamento da visita.
A deslocação do presidente americano está destinada a focar-se unicamente nas questões do Corredor do Lobito, pelo que ele não se fará acompanhar por delegações empresariais ou por homens de negócios que queiram investir em Angola. Uma delegação de empresários norte-americanos de Houston, que previa estar em Luanda entre os dias 4 e 11 de outubro para encontros com autoridades governamentais e líderes empresariais, cancelou a deslocação para uma nova data a ser anunciada. A mesma seria encabeçada por Edward Pollard, membro do conselho da cidade norte-americana de Houston.
Club-K
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