Após seis (6) dias de manifestação e hoje é o sétimo (7) dia, conforme as fotografias, em consequência dos atrasos salariais dos meses de oito meses e más condições laborais, os trabalhadores da Empresa Fabril de Calçados e Uniformes (EFCU-EP), pertencente ao Ministério da Defesa, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, cujo objetivo principal é a produção de calçados e uniformes para as Forças Armadas Angolanas (FAA), situada no Distrito Urbano 11 de Novembro, município do Cazenga, em Luanda, continuam a protestar e a manifestar-se, pois que a fome mata e a extrema miséria também, é triste.
Eu tenho dito que antes de ser um jornalista, prezo-me por ser cristão, por ser batizado e vivendo numa família cristã. Não aprendi a odiar os homens e não suporto a injustiça. Confesso que, até ao momento, como pessoa, estou desiludida com os órgãos de comunicação social públicos e alguns privados que têm conhecimento da manifestação dos trabalhadores da EFCU-EP, mas não compareceram até agora.
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É sabido mesmo que "a essência do Jornalismo não é para ser rico, a essência do Jornalismo não é para ganhar dinheiro, a essência do Jornalismo é para ajudar a fortalecer a democracia, é para fiscalizar as instituições, é, em última instância, para proteger os mais fracos", e é com a enorme mágoa que sinto com a governação actual liderado pelo Presidente da República, João Lourenço. Cada vez mais ignorante, "mudo", "surdo" e "cego", não consegue "Corrigir o que está mal e Melhorar o que está bem", nem se consegue igualmente "Trabalhar mais e Comunicar melhor."
Não é possível acreditar que o executivo e o Estado angolano não está a acompanhar a situação de 1500 trabalhadores que reivindicam os seus salários em atraso. Para além da falta de salários, os trabalhadores enfrentam graves problemas sociais, falta de Seguro de Saúde, Subsídio de Transporte, Subsídio de Férias e a empresa não fornece equipamentos de proteção adequados para lidar com produtos químicos, como a tinta das botas e a poeira dos tecidos, que causam doenças respiratórias e alérgicas. Eles afirmam que não recebem subsídios de risco nem reconhecimento adequado, bem como outros benefícios, tais como: alimentação e segurança.
Ainda vai a tempo, mas por que a TV-ZIMBO não publicou até agora sendo o primeiro órgão de comunicação social público a estar no primeiro dia da manifestação dos trabalhadores da EFCU-EP? Segundo os dois vídeos em anexo com as fotos, qual é a razão e as causas e uma vez que a manifestação continua até ao momento?
Hoje é o sétimo dia que os trabalhadores continuam a protestar e a se manifestar. Por que os órgãos públicos estão no silêncio?
Por amor de Deus, para haver paz, não é suficiente a arrumação étnica das populações, nem os acordos económicos, nem a segurança natural das fronteiras. Senhores, a paz é sobretudo uma criação do espírito, fruto da força que se limita, isto é, da consciência que sabe distinguir e respeitar a linha de separação do direito próprio e alheio e até sacrificar o seu interesse a interesse maior que lhe é estranho.
Infelizmente, não vejo a razão de estimar os serviços dos órgãos de comunicação social públicos e até privados, quando me deparo com mais de 3000 mil crianças, adolescentes e adultos, fora do sistema do ensino por causa de dinheiro, porque os pais estão há oito meses sem salários. Não me conformo de assistir trabalhadores que produzem todos os dias, mas não recebem. Não me conformo com os jornalistas que tomaram o conhecimento e continuam em silêncio, não, não me conformo.
Não me conformo, pois aprendi que, a NOTÍCIA não é o CÃO que morde/mordeu o homem, mas sim é o HOMEM que morde/mordeu o cão. Até quando os órgãos públicos vão viver sempre de informação? Tristemente, digo que os órgãos de Comunicação Social Públicos são culpados dessa desgraça toda. Não "têm" a missão de fiscalizar as instituições públicas, "apenas" têm a missão de transformar um povo acomodado e conformado, vivendo hoje numa sociedade da desinformação, proporcionada pelos "me(r)dia", ao serviço do regime e sistema, arrisco mesmo dizer isto, um dos tentáculos do sistema a par do “futebol” e outras perfeitas aberrações que um povo ignorante e incapaz de raciocinar aceita sem reclamar, no caso, promoção de promiscuidade. Na verdade, “estamos” manietados e formatados pelo SISTEMA. É triste e a minha solidariedade aos trabalhadores da empresa pública de Calçados e Uniformes, pertencente ao Ministério da Defesa, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria.
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