Venâncio Mondlane só há um, e não é angolano. ACJ deveria gastar menos tempo com lamentos e mobilizar o povo para perder o medo



Venâncio Mondlane: Um Exemplo de Coragem

Esta é apenas a minha opinião. Cada um tem a sua, e esse é um legítimo direito que devemos respeitar. Não estou a impor nem a fazer exigências, apenas a opinar.


As pessoas, com suas virtudes e defeitos, devem ser respeitadas e aceitas como são. Esse fato, no entanto, não deve me impedir de opinar sempre que houver razões e motivos para tal.



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Em Moçambique, o líder do partido da oposição que ganhou as eleições age como o boi puxando a carroça, ou seja, o povo. E em Angola, como é que o líder do partido vencedor vive apenas de lamentos, com discursos que se tornam palavras ao vento?


Mobilizar o povo é essencial, especialmente porque, em 2027, é certo que o MPLA não aceitará os resultados eleitorais que deem vitória à UNITA. Eles voltarão a colocar os blindados nas ruas de Luanda, pois essa será a última alternativa para continuar no poder.


Assim como em Moçambique, as chaves para a mudança em Angola estão nas mãos do povo, desde que estejam preparados e dispostos. É preciso mobilizar-se para perder o medo das armas, dos cães policiais, do gás lacrimogêneo e das ameaças dos criminosos no poder.


É importante reconhecer que, pela natureza tão especial do angolano, não temos ninguém como Venâncio Mondlane, que mobilize o povo para a resistência na luta contra a ditadura, em benefício de todos e do seu país.


É hora de mudar de atitude, pois o bem-estar do povo depende de quem governa Angola. E, para muitos, é contando com Angola que se perspectiva o futuro. 


Para ser honesto, tenho que falar assim, sem me incluir. Meu bem-estar e futuro não dependem de quem governa ou deixa de governar Angola. Graças a Deus, criei condições para afirmar isso com convicção: "daquela água jamais beberei". É um juramento que fiz.


Recuso-me a dar os meus ossos a quem já me comeu a carne. Tenho a sensação de que o MPLA continuará no poder por mais 50 anos. Sinto que muitos angolanos já não conseguem imaginar a sobrevivência sem aceitar o inadmissível e o inaceitável. 

É hora de agir!

Fernando Vumby

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