CAMPEÕES DE POPULARIDADE NA “MANADA” DO EME- GRAÇA CAMPOS

 


Com 99,6 % de votos favoráveis, Luís  Manuel da  Fonseca Nunes foi para a cama na noite do 28 de Novembro com a certeza de ser o mais popular de entre todos os primeiros secretários provinciais do MPLA.

Com a estratosférica aprovação de 2.105 dos 2.329 militantes do MPLA que votaram na 9ª conferência provincial do Partido para a eleição do substituto de Manuel Homem, nessa noite do dia 28 o também governador de Luanda deve ter-se esticado sobre os lençóis da sua cama com a inabalável certeza de ter obtido um resultado difícil de igualar e menos ainda de ultrapassar. 

Afinal, é em Luanda que votam os militantes mais reguilas do MPLA, aqueles que derrotaram o Presidente João Lourenço na própria assembleia em que votou nas eleições de 2022. Também votam em Luanda os militantes que derrotaram o MPLA e o seu cabeça de lista nos municípios de Talatona, Ingombota, Samba e outros.



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Num contexto de claro e inequívoco declínio do apoio dos militantes ao rumo traçado pela direcção do MPLA, o resultado que Luís Nunes obteve é, a um só tempo, surpreendente e inexplicável.

Não sendo um pé rapado -  muito pelo contrário,  ele estará entre as três ou quatro maiores fortunas angolanas - a Luís Nunes aplica-se,  também, mas apenas por analogia, a máxima, geralmente ajustada a pessoas economicamente menos afortunadas, segundo a qual a alegria do pobre dura pouco tempo. 

É que o que parecia ser um record difícil de igualar e menos ainda de ser batido teve apenas dois dias de vida. 

No dia 30, Manuel José Nunes Júnior pulverizou a marca de Luís Nunes, sendo eleito para o cargo de primeiro secretário do MPLA de Benguela com 99,18 % dos votos válidos.

Afastado do cargo de ministro de Estado para a Coordenação Económica não pelas melhores razões, com a aquiescência dos seus conterrâneos Manuel Nunes Júnior resgatou a confiança que o próprio Presidente da República lhe retirou.

Seja como for, as votações que os meio-xarás obtiveram em Luanda e em Benguela mostram que nem a própria Lei de Murphy consegue encaixar o comportamento dos militantes do MPLA.

E com isso quem se “ferrou”, pelo menos no caso de Benguela, foi o Presidente do MPLA e da República. A expressiva vitória de Manuel Nunes Júnior prova que lá nas terras de Ombaka o antigo coordenador da Equipa Económica não é tomado como um irrecuperável azelha. Se calhar, os militantes do MPLA em Benguela acreditam que, sob a batuta do novo governador e primeiro secretário provincial será, finalmente, possível transformar em actos a intenção, anunciada em 2017, por “quem de direito”, de transformar Benguela na Califórnia de Angola.

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