Mais de oito toneladas de resíduos, sobretudo plásticos, foram recolhidas, no fim-de-semana, na península do Mussulo, no quadro duma campanha pontual de limpeza lá organizada.
No entanto, o repórter da Rádio Luanda que produziu a notícia, resolveu inovar, tratando o sítio como sendo o «arquipélago da ilha do Mussulo».
Escandalizado com esse desmando linguístico, só possível por manifesta ignorância DE DADOS CONCEITOS GEOGRÁFICOS, liguei para a Elisa Coelho da Cruz, A FIM DE LHE dar nota da proeza do que supunha ser seu filho, antes de falar do caso aqui na sanzala.
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«Não, não, não, ó Saleno da Cobardia, esse Cláudio Cruz não é o meu filho!», reclamou a minha amiga, adiantando que não era a primeira vez que lhe ligavam para lhe chamarem a atenção sobre as diatribes linguísticas desse repórter da Rádio Luanda, de quem se diz que fala muito mal a língua portuguesa, não se sabendo como foi possível ele ter sido já aprovado para aparecer, sem possuir o mínimo exigido. Aliás, essa pornográfica confusão da península com arquipélago é prova bastante disso mesmo.
A reformada mais afamada do país, que piorou na vaidade desde que virou cantora, explicou que o Cláudio Cruz que é seu filho é trabalhador da rádio nacional na CT1, além de sustentar um programa nocturno na rádio Viana, sendo que o seu homónimo apareceu quando ele se encontrava fora da estação a estudar engenharia electrónica. «Já lhe disse para arranjar um outro nome, a fim de não continuar a ser confundido», sublinhou a Antonica.
Abro aqui um parêntesis, para dizer que o editor dos noticiários da rádio Luanda, nos quais aparece o Cláudio Cruz que não é o filho da Elisa a baptizar o Mussulo como arquipélago, foi malandreco, pois, podia muito bem retirar os desmandos linguistico-geográficos do inspirado rapaz. Quer dizer, desde que não padecesse da mesma «inguinorância».
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